domingo, 28 de fevereiro de 2010

Bolinho de fubá do Solar da Ponte

Ingredientes
1 xícara de açúcar cristal
1 colher de sopa de manteiga
2 colheres de sopa de margarina
1 xícara de queijo minas canastra meia cura
1 xícara de leite
3 ovos
1 xícara de fubá
1 xícara de farinha de trigo
1 colher de sopa rasa de fermento em pó
1 pitada de sal

Modo de preparo
No liquidificador, deitar três ovos inteiros, uma xícara de açúcar cristal, duas colheres de margarina e uma de manteiga, uma xícara de queijo minas suave ralado, uma xícara de leite, uma pitada de sal. Bater até a mistura ter homogeneidade. Despejar em um bowl e adicionar uma xícara de farinha de trigo peneirada, o fubá e, por último, o fermento. Bata com colher de pau, misturando bem. Fôrma untada, assar por 40 minutos em forno médio (180ºC).

Por sugestão da Anna Maria Parsons, dona do Solar da Ponte, de Tiradentes, assei em fôrmas de cupcakes, mas você pode assar em fôrmas de empadinha nº 0. Nas palavras dela, não só fica mais gracioso servir pequenas porções como evita o esfarinhamento ao cortar-se uma peça de tabuleiro.

Dica da Anna Maria: o queijo não pode ser fresco, ainda sorando.

Fonte: Livro "Ateliê Culinário para Viagem: crônicas, receitas e um pequeno guia gastronômico", de Vera Saboya

Tentação via web

Consta no CRM do Submarino e de outras lojas virtuais  informações sobre meu estilo de vida, o que acarreta em ações de relacionamento através do e-mail marketing, totalmente segmentadas e personalizadas, e também eficazes. Traduzindo, constantemente recebo mensagens com pré-lançamentos e ofertas de livros de gastronomia. E, na maioria das vezes, eu compro!! É difícil resistir, e eles sabem disso. Mas vale mesmo a pena. Os livros são SEMPRE mais baratos na internet.

Semana passada comprei no site da Travessa o livro "Ateliê Culinário para Viagem: crônicas, receitas e um pequeno guia gastronômico", motivada pelo email que informava que o volume estava pela metade do preço: de R$ 44,00 por R$ 22,00.


Nunca tinha ouvido falar da Vera Saboya e do Ateliê Culinário, grife de um bistrô e de uma rede de cafés em cinemas e livrarias cariocas, e acabei tendo uma agradável surpresa. No livro a Vera conta a trajetória do negócio e histórias inusitadas que aconteceram ao longo do caminho, além de fornecer mais de 50 receitas do Ateliê e um pequeno guia de restaurantes, bares e mercados no Rio de Janeiro, São Paulo, Tiradentes, Nova York e Paris, cidades que marcaram sua vida.

Aliás, Tiradentes traz boas lembranças à autora, que nunca se esqueceu do bolinho de fubá do Solar da Ponte, experimentado há 10 anos. Felizmente, a Anna Maria Parsons, dona do Solar, revelou a receita, que está publicada no livro. Fiz para o pessoal do trabalho, e foi um sucesso. O muffin de chocolate, segundo a Vera, best-seller dos bolinhos vendidos nos cafés dos cinemas, também agradou a turma da minha paróquia. As receitas seguem nos próximos posts.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Design na cozinha e a horta portátil

Os designers de produto estão cada dia mais criativos. Quando chegamos à cozinha então, tem muita coisa legal sendo criada por aí que se destaca pela inventividade, pelo inusitado e pela praticidade.

Uma notícia no GNT Gourmet me chamou a atenção, e acabei passando horas vendo as criações de designers do mundo inteiro no site Design Boom. Separei algumas. Tem até umas que podem ser compradas através do site. Lá está dizendo que enviam para qualquer lugar. A compra é feita através do site Paypal.

Uma tábua de madeira ou um quebra-cabeças? As duas coisas, na concepção do estúdio de design OOOMs. Capitaneada por holandeses, a casa desenvolveu um acessório modulável que tanto serve de suporte como tábua de corte quanto como suporte para taças e comidinhas para aquelas festinhas em pé em que todo mundo fica meio perdido quando está com as mãos ocupadas e precisa cumprimentar alguém.


Logo quando você achava que era seguro comer... Cuidado com o tubarão! O conjunto com saleiro e pimenteiro é demais, e custa US$ 36, já com a taxa de entrega.

 
 

Outro conjunto, feito de cerâmica, precisa ser quebrado ao meio para ser usado! Custa US$ 46, com taxa.


E esses tripés de silicone? Jogue-os como dados e coloque a panela ou o prato quente em cima. Eles resistem a temperaturas de até 260ºC. O jogo de seis tripés, um vermelho e cinco brancos, sai a US$ 26.


Pratos de papel são indicados apenas para a baixa gastronomia? Pois uma dupla de designers holandeses resolveu glamourizar os descartáveis. Eles desenvolveram um aparelho de jantar em papel com design tão cuidado que faz duvidar se não são mesmo peças de louça.


Bagsac para plantas

Mas o que eu achei mais legal foi o Bagsac, que nasceu do encontro de um designer francês com dois paisagistas. Juntos, eles procuravam por uma solução alternativa que evitasse as restrições de se criar um jardim suspenso na cidade (levando em consideração dificuldade de transporte, peso excessivo etc.)

A idéia de plantar em sacolas surgiu do desejo de mudar hábitos e valorizar a planta em si. Então eles começaram a manufaturar sacolas feitas de tecido permeável e poroso que impede a asfixia do solo, além de ser resistente a raios UV, de proteger as raízes e de ser extremamente resistente. A Bagsac fabrica diversos tamanhos de sacolas, quadradas e redondas.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Papinhas gourmet

Veja algumas receitas de comidinhas incrementadas e saudáveis do livro "A panela amarela de Alice", que mencionei no último post.

Papinha doce de cenoura

Ingredientes
½ cenoura
suco de uma laranja lima
¾ de xícara de água
1 colher de sopa de farinha de aveia
1 colher de chá de melado de cana
2 colheres de sopa de iogurte integral

Modo de preparo
Em uma panela, coloque o suco de laranja, a cenoura bem ralada e a água. Deixe cozinhar por cerca de 15 minutos, em fogo baixo. Acrescente a aveia e cozinhe, mexendo sempre até engrossar. Junte o melado e retire do fogo. Adicione o iogurte, esmagando a papinha com um garfo para quebrar possíveis grumos. Ofereça a papa ainda morna ao bebê.


Pêra com iogurte

Ingredientes
1 pera madura
2 ou 3 colheres de sopa de iogurte integral
pitada de cardamomo em pó

Modo de preparo
Coloque o iogurte no prato, rale a pera bem fininha por cima, misture e polvilhe com o cardamomo.


Minicompota

Ingredientes
1 maçã picada
10 uvas-passas sem sementes
água

Modo de preparo
Coloque a maçã bem picada, ou ralada, em uma panelinha e deixe dourar levemente. Junte as uvas-passas, cubra com água e deixe cozinhando em fogo baixo até a maçã amolecer bem e o líquido do cozimento engrossar um pouco. Retire as uvas-passas e sirva com iogurte. Faça esta receita também com pera, goiaba doce (tirando as sementes e casca) ou qualquer outra fruta não-cítrica da época.

Fonte: GNT Gourmet, do livro "A panela amarela de Alice"

Você é o que você come, e a sua família também (sobre alimentação infantil)

Com a avalanche de novas mamães no meu trabalho, temos conversado bastante sobre bebês e todos os aspectos que envolvem a criação dos pequerruchos, da edução à comida, é claro.


Esses dias li no site da Folha sobre uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Pediatria, que constatou a má qualidade da dieta dos bebês brasileiros.

O documento mostra que eles estão consumindo alimentos cheios de gordura, açúcar, sal, corante e outros aditivos. Apareceu lasanha pré-pronta congelada, macarrão instantâneo, refrigerante, salgadinho tipo batata chips, chocolate, suco artificial e até bolacha recheada!

O estudo também constatou que a má alimentação é generalizada em todas as classes sociais, e reflete a alimentação da família. Os pesquisadores suspeitam que os pais careçam de informações sobre alimentação saudável, tanto para o bebê quanto para a família. A falta de educação alimentar e nutricional aliada às práticas de marketing faz com que as pessoas se percam na hora da escolha alimentar.

Além de falta de educação alimentar, de ler e não entender os rótulos, os médicos acreditam que outro fator contribui para a má qualidade da comida infantil: os pais não sabem cozinhar. Acho que até para quem sabe cozinhar deve ser difícil arranjar tempo e forças para fazê-lo, quando se tem em casa uma criaturinha que exige dedicação integral.

Uma luz no fim do túnel é o livro "A panela amarela de Alice", da Tatiana Damberg, do blog Mixirica.


Com receitas fáceis e rápidas, a autora e mãe de Alice conta a sua experiência no universo das papinhas e da amamentação. Ela fala que desde o começo foi introduzindo ingredientes alternativos para criar um paladar mais apurado para a filhota. Além da cenoura e da mandioquinha, o cará também entrou na sopinha, para dar sabor e texturas diferentes. À medida que a Alice crescia, ela introduzia novos sabores. Com 1 ano e quatro meses ela já comia até curry, em poucas quantidades, é claro. O livro também traz dicas interessantes de alimentação saudável, como adoçar a comida dos bebês com passas, ao invés de açúcar. É só colocá-las na hora de cozinhar, e elas liberam o açúcar da fruta. A Tatiana também colocou receitas que agradam os pais e as crianças, o que facilita muito a vida de quem cozinha. Não precisa fazer sempre uma comida para os bebês e outra para os adultos.

Tatiana e Alice. Crédito: Divulgação

Achei muito legal, porque muitos pais reclamam que os filhos não comem nada e se recusam a experimentar coisas novas. Acontece que eles aprenderam com os próprios pais, que costumam alimentar as crianças só com as comidas que eles gostam, impedindo que elas se habituem a sabores diferentes. A resistência à novidade acaba sendo dos pais, e não dos bebês!!

No próximo post confira algumas receitas de papinhas saudáveis e gourmet que estão no livro.

Veja também a matéria: "Especialistas esclarecem as 20 principais dúvidas sobre o cardápio infantil", que fala sobre as mudanças que vêm sendo recomendadas desde 2008 pela SBP sobre as primeiras papinhas infantis, como a liberação do peixe e do ovo já aos seis meses de vida, sobre o uso de sal, temperos, sobre doces etc.

Serviço:
Livro "A panela amarela de Alice" (ed. Memoria Visual)
Autora: Tatiana Damberg
Preço: R$ 19,75 na Travessa

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Fritata de batatas com linguiça

No lanche de ontem aproveitei o que tinha na geladeira aqui de casa e fiz uma fritata de batatas com linguiça. Muito gostoso e fácil de fazer, pode ser servida também como entrada ou tira-gosto.

Fritata de batatas com linguiça
(4 pessoas)

Ingredientes
4 batatas grandes em cubos
1 cebola picada em cubos
300g de linguiça defumada em cubos
4 ovos inteiros, ligeiramente batidos e temperados a gosto com sal e pimenta
Sal, pimenta-do-reino e salsinha picada a gosto
Azeite

Modo de preparo
Cozinhe as batatas em água com uma pitada de sal até ficarem levemente macias. Reserve. Unte uma frigideira que possa ir ao forno com um pouco de azeite. Frite a cebola até que ela fique macia. Acrescente a linguiça e frite até dourar. Acrescente as batatas, os ovos e a salsinha. Cozinhe por alguns minutos em fogo baixo. Leve a frigideira ao forno pré-aquecido a 180ºC para acabar de cozinhar a fritata, por 20 a 30 minutos.

PS: Fica bonito e gostoso acrescentar pimentão vermelho. Não coloquei porque não tinha em casa. Basta cortar em tiras e fritar junto com a cebola, até que fique macio.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Caponata

De volta depois da maratona gastronômica de Carnaval com a receita do antepasto que fiz para a turma mais animada do Canto das Águas. A caponata, típico prato siciliano, parente próximo da ratatouille francesa, é feita de berinjela, pimentão vermelho e cebola, levemente salpicada com açúcar e vinagre e realçada com alcaparras. Deve ser servida morna ou em temperatura ambiente, acompanhada de pão ou torradas (se for aperitivo), ou como acompanhamento de carnes ou aves assadas. Neste carnaval a caponata entrou até na composição do mexidão da Léia.

Caponata

Ingredientes
2 cebolas médias
2 pimentões vermelhos
1/2 xícara de chá de azeite de oliva extravirgem
sal a gosto
1 lata de tomate pelati (400g)
1 amarrado de salsa, folhas de aipo e ramos de tomilho, atados com barbante de algodão
4 dentes de alho em rodelas finas
2 colheres de chá de folhas de tomilho fresco
500 g de berinjela cortada em cubos
1 colher de sopa de açúcar
1/2 xícara de chá de vinagre de vinho tinto de boa qualidade
1/4 de xícara de chá de alcaparras escorridas e lavadas

Modo de preparo
Descasque as cebolas, retire as pontas e corte ao meio no sentido do comprimento. Arrume cada metade, com o lado cortado para baixo, numa tábua de carne, e corte atravessado em rodelas bem finas. Reserve. Corte os pimentões em tiras verticais, depois corte cada tira ao meio, atravessado. Reserve. Numa panela funda junte a cebola, metade do azeite, uma pitada de sal e mexa até cobrir a cebola com o azeite. Cozinhe em fogo baixo até que ela esteja macia e transparente (cerca de 5 minutos). Junte o pimentão e uma pitada de sal. Tampe e continue a cozinhar por cerca de mais 5 minutos. Bata o conteúdo da lata de tomates no liquidificador  e derrame diretamente na panela. Continue a cozinhar por mais 5 minutos. Junte o molho de ervas e o alho, e tempere a gosto. Tampe e deixe cozinhar, em fogo baixo, por cerca de 20 minutos, mexendo de vez em quando. Não cozinhe demais. As verduras devem ficar cozidas, mas ainda firmes, sem estarem moles. Retire o amarrado de ervas e jogue-o fora. Retire a panela do fogo e reserve. Enquanto isso, em outra panela, em fogo moderado, aqueça o restante do azeite e junte a berinjela. Cozinhe até que fique ligeiramente colorida (cerca de 5 minutos). Junte a berinjela à misture de tomate e acrescente as folhas de tomilho. Verifique os temperos. Tampe a panela e deixe cozinhar em fogo baixo até que tudo adquira uma consistência macia, de geléia (cerca de 20 minutos). Enquanto isso, numa tigela pequena, junte o açúcar e o vinagre e mexa até dissolver.  Junte à panela de verduras, acrescente as alcaparras e deixe cozinhar em fogo baixo, por 1 a 2 minutos, a fim de que os sabores se misturem. Verifique os temperos. Ponha na tigela em que for servir e deixe esfriar.


Fonte: adaptado do Livro Trattoria, de Patricia Wells

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Erva culinária mais antiga da qual se tem notícia

O gosto da folha do coentro realmente é muito forte, mas em outras variações, em pó ou em sementes, não tem aquele cheiro característico que causa ojeriza em tantas pessoas.

Erva culinária mais antiga da qual se tem notícia, a Coriandrum sativum, da família do cominho e da erva-doce, já era usada pelos egípcios há 3 mil anos. Coriandrum vem da palavra grega koris (percevejo) e sativum quer dizer cheiro. A despeito do nome pouco apetitoso, os romanos adoravam. Chineses e indianos se deliciam até hoje. Na Bíblia, no livro do Êxodo, o branco da semente de coentro é comparado ao maná, alimento sagrado dos hebreus.

Nativo da Europa e do Oriente Médio, chegou à América com os espanhóis e portugueses. No México e no Peru é indispensável. "No Peru, o coentro é parte essencial da salsa criolla. Cozido, vira outro ingrediente", diz Dylan Sakabe Koishi, chef do Killa, em São Paulo.

No Brasil, o aromático coentro fincou raízes para valer no Norte e Nordeste. Por lá, cheiro verde (o nosso maço de salsinha e cebolinha) é sinônimo de coentro e cebolinha. Dizem até que parte do preconceito com a erva vem da generosidade com que é usada nas moquecas nordestinas.

Mas ela também pode ser delicada. Quando quer suavidade, Felipe Ribenboim, chef do Dois Cozinha Contemporânea, de São Paulo, usa a flor. "É muito sutil. É coentro com mais elegância", diz. O chef paulista-baiano Beto Pimentel, do Paraíso Tropical, em Salvador, diz que o coentro é como São Paulo: "Quando você chega, não gosta. Depois vai conhecendo melhor e não consegue viver sem".

Coma-o ou deixe-o

Fotos: Alex Silva e Filipe Araújo/AE

Do mais forte ao mais fraco, reunimos as variações do coentro e suas nuances de sabor. Não tenha medo, percorra o escalímetro e escolha a sua dose. Da semente à folha, conheça o coentrômetro:




Folha

É a definição mais exata do que é coentro. Tem cheiro e sabor vigorosos. Muito usada na cozinha chinesa, indiana, árabe e sul-americana







Em pó

Moídas, as sementes perdem o aroma característico. Prevalecem notas cítricas, suaves. É indispensável em curries e masalas





Flor

Bonita e delicada, tem aroma bem suave de coentro. O sabor também é muito sutil. É usada em pesto e para finalizar pratos





Semente

É muito usada para aromatizar chutneys e pães. Quando moída, perde aromas e o sabor rapidamente






Broto

Primeiro rebento da semente, tem sabor e aroma ligeiramente mais sutis que os das folhas. Costuma ser usado em saladas e na finalização de pratos







Raiz

Tem cheiro quase tão potente quanto o das folhas. É usada nas cozinhas tailandesa e indiana, macerada com sal, para temperar carne








Fonte: Suplemento Paladar - Portal Estadão

Coentro: caso de amor e ódio

Eu já suspeitava, mas agora tenho certeza: o coentro talvez seja a erva mais amada, e também a mais odiada do planeta. Eu sou da turma que não gosta. Sempre que vejo a Nigella despejar aquela quantidade na comida fico meio horrorizada. Mas resolvi dar uma segunda chance. Da próxima vez que eu comê-la vou experimentar tampar o meu nariz! Um neurocientista americano descobriu que o problema não é o seu gosto, mas o cheiro. Confira a entrevista publicada no portal do Estadão:

O neurocientista americano Charles J. Wysocki, do Monell Chemical Senses Center, sempre esteve no time dos que gostam de coentro, mas descobriu recentemente que havia essa divisão. "Não sabia que existia uma legião que odeia coentro."

Foi para tentar entender de onde vinha tanta rejeição que ele resolveu pesquisar a erva. Estudioso da genética de aromas e de como reagimos a eles, descobriu que o que incomoda quem odeia coentro é o cheiro, e não o sabor. De seu escritório na Filadélfia, falou ao Paladar sobre as suas descobertas.

Por que decidiu estudar o coentro?
Foi há alguns anos, durante uma palestra sobre cegueira olfativa. Quase todas as pessoas têm uma falha na percepção de aromas. Algumas sentem cheiros que outras não conseguem. Após a palestra, cronistas de gastronomia e chefs me perguntaram como explicar o fenômeno do amor e ódio que cerca o coentro. Nunca tinha ouvido falar nisso.

Como começou a pesquisa?
Fiz uma demonstração. Coloquei uma porção de folhas de coentro picadas em um frasco e cobri o exterior, para que ninguém identificasse o que havia dentro. Pedi para 200 pessoas cheirarem. Depois, perguntei quem não tinha gostado. Cerca de metade levantou a mão.

A que conclusão o senhor chegou?
Serviu como demonstrativo. Comecei a pesquisar o assunto com gêmeos idênticos (univitelinos) e não idênticos (fraternos). Fiz o mesmo teste. Pedi para ambos cheirarem o frasco com coentro - os univitelinos têm quase a mesma carga genética; nos fraternos há uma semelhança de 50%. Entre os idênticos, houve a mesma resposta em 80% dos casos. Ou seja, quando um gêmeo idêntico dizia gostar de coentro, o outro respondia da mesma forma. Já entre os não-idênticos a resposta só coincidiu em 42% dos casos. Esse teste indica que existe algo além de simplesmente gostar ou não gostar de coentro, algo determinado por fator genético.

Outras conclusões surgiram daí?
Sabemos que o que incomoda quem não gosta de coentro é o cheiro, e não o sabor. Se uma pessoa que odeia coentro tapar o nariz enquanto mastiga algumas folhas, ela não sentirá o sabor da erva. Sem o cheiro, é quase como se a pessoa estivesse mastigando algo como grama. Assim que destapam o nariz, no entanto, descobrem que mastigaram coentro e isso, para quem o detesta, é uma experiência horrorosa.

O que existe no cheiro do coentro?
Ainda não desvendamos a identidade química, mas deve ser algo no odor que lembra sabonete. Esse componente aromático não é detectado pelo olfato de gente que, como eu, gosta de coentro.

Por que isso acontece?
Existe o que chamamos de ponto cego. É o equivalente a dizer que algumas pessoas têm dificuldade de detectar certos aromas. Uma pessoa incapaz de detectar um aroma que torna a refeição completamente intragável para outras vai comer e elogiar a comida. Cheiro tem um grande papel na forma como percebemos o sabor.

Existe a crença de que não gostar de coentro é prova de que se é um superprovador. Há verdade nisso?
Essas pessoas acreditam que sentem algo no coentro que outras pessoas são incapazes de detectar e por isso seriam "superprovadores". Não tem a menor lógica. Não gostar de coentro não tem nada a ver com o paladar. É uma questão de gostar ou desgostar do cheiro.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Pão de iogurte, mel e semente de erva-doce

(rende 1 pão de 1 kg)

Ingredientes
500 g (4 1/2 xícaras) de farinha de trigo
2 colheres de sopa de manteiga
1/2 colher de chá de sal
2 colheres de sopa de sementes de erva-doce, grosseiramente trituradas
1 1/4 colheres de chá de fermento seco instantâneo
4 colheres de sopa (1/4 de xícara) de mel grosso
150 g (1/2 xícara cheia) de iogurte natural integral, sem açúcar
200 ml (1 xícara rasa) de água

Para fazer manualmente
Coloque a farinha em uma tigela grande, acrescente a manteiga e friccione com as pontas dos dedos até que a mistura fique com aparência de migalhas de pão finas. Mexendo, acrescente o sal, as sementes de erva-doce e o fermento. Adicione o mel e o iogurte e, gradualmente, água morna suficiente para formar uma massa macia.

Sove bem sobre uma superfície levemente enfarinhada por 5 minutos, até que a massa fique macia e elástica. Coloque a massa de volta na tigela, cubra com plástico filme besuntado com óleo e deixe em local quente para crescer por 1 hora ou até que a massa fique com o dobro do tamanho.

Coloque a massa de volta sobre a superfície levemente enfarinhada e sove bem. Enrole formando uma bola grande, coloque em uma assadeira untada e faça cortes cruzados sobre a massa. Cubra com plástico filme besuntado com óleo, sem apertar, e deixe em local quente por 45 minutos ou até que a massa cresça pela metade novamente.

Retire o plástico filme, salpique com um pouco de farinha e asse em forno pré-aquecido a 200ºC por 30 a 35 minutos, até que o pão cresça bem, fique dourado e pareça oco ao receber leves batidas com as pontas dos dedos. Verifique depois de 15 minutos e cubra com papel alumínio, se estiver dourando demais.

Segurando a fôrma com luvas térmicas, solte o pão com uma espátula. Transfira para uma grade de metal, para esfriar.

Para fazer na máquina
Tire a fôrma de dentro da máquina, encaixe o batedor e coloque a água fria, o iogurte, a manteiga e o mel. Com uma colher, coloque a farinha por cima, depois o sal e as sementes de erva-doce. Com o dedo, faça um pequeno furo no centro da farinha e coloque o fermento dentro dele.

Insira a fôrma na máquina. Feche a tampa e selecione o programa de pão branco básico, tamanho extragrande (1kg), assar, e a cor da casca de sua preferência. Aperte o botão 'iniciar'.

Ao final do programa, retire e fôrma de dentro da máquina usando luvas térmicas. Solte o pão com uma espátula de plástico e vire-o sobre uma grade de metal. Deixe esfriar por 20 minutos antes de cortar.


terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Quem quer pão?


Vamos combinar que pão é uma das melhores coisas já inventadas pelo homem. Fazê-lo em casa então, e sentir aquele cheirinho gostoso quando ele está assando, não tem preço. Quer dizer, tem sim. Se você comprar uma máquina de pão, vai ter tudo isso com o mínimo de esforço e trabalho. Isso porque essa maravilha da tecnologia moderna faz tudo: é só colocar os ingredientes na fôrma, que a máquina sova a massa, deixa descansar, sova novamente, deixa crescer, e assa o pão.

Tive a felicidade de ganhar uma de casamento, e recomendo muito. A minha é da marca Britânia, mas existem várias outras opções no mercado.


A máquina já vem com um livrinho de receitas, mas eu comprei “O livro dos pães”, de Sara Lewis, editado pela Larousse, que promete ser “o guia definitivo para fazer pães manualmente ou na máquina”. Ele traz mais de 75 receitas de pães doces e salgados para todas as ocasiões, todas com instruções fáceis de seguir, tanto para fazer à mão quanto na máquina.


É claro que fazer o pão manualmente é uma delícia, sentimo-nos verdadeiros alquimistas ao ver aquela bola redonda de massa triplicar de tamanho. Se você tem tempo de sobra, sugiro que faça essa experiência um dia. Mas se você é uma dona-de-casa moderna que não tem três horas disponíveis para a tarefa, vá de máquina mesmo!

Esta semana fiz pão de iogurte, mel e semente de erva-doce, uma das receitas do livro que citei, e ficou uma delícia. É ótimo para o café, servido simplesmente com manteiga ou uma geléia. Confira a receita no próximo post.

E aproveite, porque “O livro dos pães” está saindo a R$ 9,99 na Americanas.com.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Cupcake de geléia de morango

Semana passada, quando fiz aquele bolo de aniversário de morangos, sobrou um pouco da geléia que uso para decorar. Vi essa receita de cupcake no blog Gel´s Kitchen, e achei que seria uma ótima maneira de aproveitar as sobras da minha geléia e de testar uma nova receita. O melhor desse cupcake é que ele é mais "light", porque não tem manteiga na cobertura. Feita à base de cream cheese, ela fica bem levinha e saborosa. Apesar da receita dizer que a massa rende 16 cupcakes, nas forminhas que eu tenho rendeu 12.

Ingredientes

Para os cupcakes
90g de manteiga sem sal, à temperatura ambiente
1/2 xícara de açúcar de confeiteiro
2 ovos grandes, à temperatura ambiente
1 xícara de chá de farinha de trigo
1/2 colher de chá de fermento químico
1/4 de colher de chá de bicarbonato de sódio
2 colheres de sopa de leite
1/2 colher de chá de essência de baunilha
2 colheres de sopa de geléia de morango caseira

Para a cobertura de cream cheese
1 xícara de cream cheese (1 1/2 potinho)
1/2 xícara de açúcar de confeiteiro
2 colheres de sopa de geléia de morango caseira

Modo de preparo
Aqueça o forno a 180ºC. Bata a manteiga na batedeira até que ela vire um creme. Acrescente o açúcar e bata por cerca de três minutos, até que fique leve e fofo. Acrescente os ovos, um de cada vez, batendo até que a mistura fique homogênea. Meça a farinha, o fermento e o bicarbonato dentro de uma vasilha e misture. Misture em outra vasilha o leite e a essência de baunilha. Acrescente metade dos ingredientes secos à mistura de manteiga e açúcar e bata mais um pouco. Acrescente o leite com a baunilha e bata novamente. Adicione o restante dos ingredientes secos e bata até a massa ficar uniforme. Coloque a massa nas formas de cupcake até 2/3 da forma, e asse por 20 a 25 minutos ou até que o palito saia limpo. Deixe esfriar completamente antes de colocar a cobertura. Para fazê-la, coloque o cream cheese, o açúcar e a geléia em uma vasilha e bata até que fique cremosa e homogênea. Leve à geladeira por 30 minutos. Usando uma espátula, coloque a cobertura e guarneça com pedacinhos de morango.


Fondi Mineiro

No sábado fomos ao Boteco da Carne e nos deparamos com o Fondi Mineiro no cardápio (R$ 23,90, para até três pessoas), que levou o sexto lugar no concurso Comida di Buteco 2009. O fondue tradicional é de queijo, certo? E o mineiro, seria de quê? De angu, é claro! Achei a idéia genial: linguicinha, pernil e almôndega, molhados no angu molinho coberto com queijo parmesão, com tiras de couve no fundo do angu e três pimentas biquinho sobre o mesmo para enfeitar e condimentar.

O genial é que o bar ainda confeccionou o suporte no qual o prato é servido: uma tábua com apoio para os quatro recipientes de pedra nos quais são colocados, separados, a linguicinha, o pernil, a almôndega e o angu, além de rebaixos para os garfinhos de madeira com os quais se come o prato, como se fosse um founde mesmo. O melhor é que dá pra reproduzir em casa: achei a receita no portal G1:

Fondi Mineiro

Angu
- 500ml de água
- 1 xícara de fubá
- 1 tablete de caldo de carne
- 100g de calabresa desidratada
- sal a gosto
- alho a gosto
- molho de pimenta vermelha a gosto

Dissolva o fubá em água fria e aqueça a mistura em fogo baixo. Deixe ferver por aproximadamente 25 minutos. Coloque o sal, a calabresa, o alho, o caldo de carne e a pimenta. Deixe no fogo por mais 5 minutos.

Linguiça
- 1/2 kg de liguiça suína defumada em gomos
- 2 xícaras de água
- Molho de pimenta vermelha a gosto
- Sal a gosto

Separe cada um dos gomos da linguiça e lave-os. Em uma panela, cubra a linguiça com a água e deixe ferver. Acrescente o molho de pimenta e o sal. Deixe ferver por 40 minutos (se for preciso, acrescente mais água).

Copa lombo defumado
- 1/2 kg de lombo defumado (ou cabeça de lombo)
- 3 colheres de sopa de azeite
- Sal a gosto

Corte o lombo em cubos. Em uma frigideira, aqueça o azeite e acrescente o lombo e o sal. Frite até que a carne fique dourada.

Almôndega
- 1/2kg de miolo de acém
- Sal e alho a gosto
- Óleo

Tempere o acém com sal e alho e deixe-o na geladeira por uma hora. Modele as almôndegas com cerca de 20gr. cada uma. Em uma frigideira, frite as almôndegas até que elas fiquem coradas.

Molho de tomate
- 1 cebola picada ou ralada
- Sal e alho a gosto
- 1 lata de polpa de tomate
- 1 colher de sopa de azeite
- 1 colher de sopa de açúcar

Misture todos os ingredientes e deixe ferver por 20 minutos. Acrescente as almôndegas e deixe ferver por 5 minutos.

Crédito: Divulgação

Serviço:
Bar Boteco da Carne
Rua São Romão, 56 - São Pedro
Belo Horizonte - MG
Tel: (31) 2555-8480

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Como fazer creme azedo (sour cream)

Nunca vi creme azedo, o famoso sour cream, para comprar no supermercado. Favorito nos pratos mexicanos e no leste europeu, também combina muito bem com saladas, frutas, bolos, tortas, sopas e uma infinidade de outras comidas. Felizmente, é possível prepará-lo em casa. Segue a receita, retirada do blog Mirixica.

Creme azedo (Sour cream)

Ingredientes
500 ml de creme de leite fresco
Suco de um limão
Sal

Modo de preparo
Faça de preferência na noite anterior ao dia de servir. Em um recipiente de vidro, misture o suco de limão ao creme e tempere com sal. Deixe por 30 minutos em um lugar quentinho, (perto de uma luz, ao lado do forno, em cima da TV...) depois leve à geladeira.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Sopa de Cenoura e Gengibre

(para 4 pessoas)


Ingredientes
2 molhos de cenoura baby, sem casca e em cubos (reserve um pouco de cenouras inteiras para a guarnição)
1 pedaço pequeno de gengibre fresco, em purê
1 dente de alho
Creme azedo para guarnecer
Azeite de oliva
Sal e pimenta do reino
Água

Modo de preparo
Aqueça um fio de azeite em uma panela pequena, em fogo médio, e junte as cenouras em cubos. Acrescente o gengibre e a água, até cobrir. Cozinhe até que as cenouras estejam macias. Bata tudo com um mixer ou no liquidificador até virar um purê. Coe para que não fiquem pedaços na sopa. Tempere com sal e pimenta. Em uma vasilha misture o dente de alho socado com o creme azedo. Para servir, distribua a sopa nas tijelas e coloque uma colher do creme no centro. Distribua algumas gotas de azeite para decorar e guarneça com pedaços de cenoura cortados em tiras finas (à juliana).

Crédito: Site Bravo TV

Fonte: Site Bravo TV

Top Chef

Acabei de assistir a estréia da quarta temporada do meu programa de culinária favorito: Top Chef, transmitido pelo canal Sony. Pena que passa aqui com um atraso enorme! Nos EUA, o programa já está na sexta temporada. Apesar de a fórmula lembrar o Hell´s Kitchen do Gordon Ramsey, é centenas de vezes melhor. É tão bom que a Ana Maria Braga tentou copiar, com o quadro Super Chef.


No Top Chef, 16 candidatos disputam o título de Top Chef e 100 mil dólares em dinheiro para começar seu próprio restaurante. As provas consistem em cozinhar, em determinadas condições e num determinado (e curto) espaço de tempo, pratos interessantes, criativos e inovadores. Em sua maioria, os concorrentes já trabalham em restaurantes de renome, alguns têm seus próprios restaurantes, uns com formação culinária, outros sem.

O júri fixo é presidido por Tom Colicchio, famoso chef americano, e há sempre um jurado convidado. Todos os episódios têm um tema e o mesmo formato: há uma prova chamada Quickfire Challenge, em que os concorrentes têm que trabalhar com limitação de tempo, de orçamento, de ingredientes e de técnicas, o que torna tudo mais difícil e interessante. Neste primeiro desafio ninguém perde nada, mas o vencedor ganha imunidade e não pode ser eliminado no grande desafio do episódio.


O Desafio de Eliminação é mais complexo. Mantém-se fiel ao tema do episódio, mas há mais tempo, mais orçamento e, por vezes, trabalho em equipe. As provas vão desde organizar o buffet de um casamento (de um dia para o outro!) a preparar um jantar de seis pratos para uma celebridade e seus convidados, ou até mesmo cozinhar com os ingredientes mais estranhos. Ganha a criatividade, a boa execução e a bela apresentação.


O programa não ensina a cozinhar, mas mostra formas de ser criativo e inovador, com os mesmos ingredientes de sempre ou com ingredientes que nunca sonhamos utilizar. O legal é que cada temporada é gravada em uma cidade diferente. A terceira foi em Miami, e esta está sendo em Chicago. No site oficial você encontra informações sobre todas as temporadas e muitas receitas, algumas delas fáceis de executar, como a Sopa de Cenoura e Gengibre do próximo post.

TOP CHEF - QUARTA TEMPORADA
Horário: aos sábados, às 13h, no canal Sony (reprise à meia-noite)

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Oratório Bar

Há tempos a Lu Brígida faz propaganda do Oratório Bar, em Santa Efigênia. Freqüentadora assídua, ela me contou que produtos tipicamente mineiros servidos na casa são fabricados na fazenda dos donos. Na sexta-feira passada, quando a Lu comemorou o aniversário dela lá, tive, finalmente, a oportunidade de provar as maravilhas que ela nos relatava.


Acho que foi a melhor carne de lata que já comi. Os pedações de pernil super macios e saborosos vieram acompanhados de uma deliciosa mandioca cozida.


Também provei a fritada de linguiça caipira com pimentões coloridos e cebolas, e a batata brava, excelente para quem gosta de comida apimentada. Fatiadas em meia-lua, são fritas e finalizadas com azeite de oliva, pimenta calabresa e salsinha, acompanhadas de molho picante.


O bar fica em uma calçada enorme de esquina, bem ao lado da igreja de Santa Efigênia, e tem um clima de interior muito agradável. Na internet, vi gente reclamando de atendimento deficiente e do tamanho das porções, mas eu não enfrentei nenhum dos dois problemas. Apesar do bar estar LOTADO, os garçons deram conta do recado, e achei as porções bem fartas. Só recomendo chegar ao bar cedo, porque você corre o risco de não conseguir mesa.

Serviço:
Oratório Bar
Av. Brasil, 161, Santa Efigênia, BH-MG
(31) 3241 7112
http://www.oratoriobar.com.br/

Polenta não é angu

Outro dia a Ritinha, que já está virando pauteira do blog, perguntou-me qual era a diferença entre a polenta e o angu. Tem muita gente que fala que são a mesma coisa, mas não são, apesar de, nos dois pratos, o protagonista ser o milho. Simplificando, o angu é feito de fubá, e a polenta, de farinha de milho de granulometria mais grossa.

A polenta surgiu na região norte da Itália, e era base alimentar da população e dos legionários romanos, feita principalmente de aveia. Pouco depois da chegada dos espanhóis ao Caribe em 1492, o milho foi introduzido na Europa. Na Itália, o milho passou a ser cultivado primariamente no norte, onde as chuvas são abundantes. A partir de então é que a polenta passou a ser feita de milho.

Sua textura varia bastante, de firme nas regiões de Veneza e Friuli a cremosa na região de Abruzzi. A polenta sempre foi feita da mesma forma: com bastante esforço e paciência, misturando a pasta de milho em caldeirões de cobre, aquecidas sob o fogo.

Pode ser servida mole, dura, grelhada ou frita. Pode ser recheada com uma miríade de molhos ou outros ingredientes, acrescentados enquanto ela ainda está mole.


Em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, o angu preparado apenas com o fubá de milho e água, sem a adição de sal, e com consistência mais firme, é conhecido como “angu mineiro”. Quando preparado de forma mais cremosa, para ser misturado com miúdos de vaca e porcos na hora de consumo, é conhecido com “angu à baiana”. O preparo dos miúdos de vaca e porcos é bem semelhante ao sarapatel.

O milho é um alimento muito versátil, com dezenas de aplicações:


Farinhas

- Fubá - É usado no angu, em sopas e bolos;
- Em flocos - Ideal para polenta e pães. Quando misturada à água, fica com consistência de creme;
- Sêmola - Pode acompanhar pratos com legumes e serve também para fazer polenta;
- Maisena - É a goma, o polvilho do milho. Faz ótimos biscoitos e é geralmente usada em doces.

Nascidos do milho

- Curau - Milho ralado, com canela e leite condensado;
- Canjica - Com leite e coco, é feita com milho verde ou branco;
- Canjiquinha - É o milho quebradinho. Geralmente vai com carnes;
- Picolé - A versão mais gelada do milho verde é fiel ao cereal;
- Pamonha - Enrolada na palha do milho. Coma ainda quente;
- Broa - Feita com fubá ou farinha de milho. Pode levar queijo;
- Cereal - O milho se consagrou na forma de cereal matinal.

Veja matérias sobre o assunto:

"O Duelo do Angu com a Polenta"
"Polenta é um prato simples e democrático"

Fonte: Wikipedia

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

B.A.R.

Semana passada fomos ao B.A.R., na rua Santa Rita Durão, no Funcionários, onde funcionava o restaurante Buona Tavola. O ambiente é simples e descontraído, e a comida é preparada no capricho. A parte interna se integra à calçada, onde mesas de madeira ficam sob árvores frondosas. Um dos proprietários é Renato Baptista, dono do ótimo Barpitista, que ficava na Francisco Deslandes e hoje não existe mais.

Crédito: Portal UAI

A casa tem muitas opções de petiscos essencialmente “dibuteco”. Pedimos carne de panela (R$ 19,00), acompanhada de pãozinho em rodelas, e porções de pastel de carne (R$ 15,00) e camarão (R$ 18,00), com oito unidades cada, que vieram bem crocantes e sequinhos. O pastel de camarão é receita de família, e já fazia sucesso no Barpitista, assim como o filet com arroz sujo e fritas, que também está no cardápio.


Além de pratos e petiscos, o B.A.R. tem algumas opções de sanduíche, para quem quer matar a fome sem se empanturrar. Foram aprovados com louvor o Mineiro (R$ 12,00), tradicional pão francês com lingüiça, e também o Don Juan (R$ 16,00), bife a milanesa, tomate e rúcula na ciabatta. A casa ainda oferece feijoada aos sábados, e você pode encomendar cordeiro, leitão e cabrito.


Para beber, cerveja long neck e 600ml, chopp Heineken de 250 ml a R$ 3,80 e chopp Sol de 350 ml a R$ 4,00.

Serviço:
B.A.R.
Rua Santa Rita Durão, 309, Funcionários (esq. com Afonso Pena), BH - MG
(31) 3223-0918