segunda-feira, 30 de agosto de 2010

2º Brumadinho Gourmet em Casa Branca


Para quem for ficar em BH neste feriado prolongado, uma boa pedida é o Brumadinho Gourmet, evento que acontece em Casa Branca de 3 a 7 de setembro, bem pertinho da capital. Conheço bem a região, que tem se desenvolvido muito nos últimos anos do ponto de vista turístico, com a instalação de pousadas e bons restaurantes.

Só o caminho já vale a pena, porque temos a oportunidade de contemplar a beleza da Serra do Rola Moça e o famoso “mar” de montanhas de Minas. Mas, cuidado, a estrada melhorou bastante depois que foi completamente asfaltada, mas as curvas sinuosas continuam perigosas. Portanto, se beber, não dirija.

Voltemos ao festival. A ideia da Secretaria de Turismo e da prefeitura da cidade é promover os talentos locais, sejam nas artes, no artesanato e na gastronomia. As atividades gastronômicas e culturais acontecerão durante os jantares e festins que serão promovidos pelos restaurantes e pousadas, e, também, na praça Central de Casa Branca, onde tradicionalmente ocorrem os eventos locais e a comunidade comercializa seus produtos nos finais de semana.

Confira abaixo a programação gastronômica. Mais informações sobre as atividades culturais, sobre como chegar e onde se hospedar no site www.brumadinho.mg.gov.br ou pelo telefone (31) 3571-3015.

Programação Tenda Gastronômica

03/09 Sexta

17h30 Restaurante Rancho do Peixe e Nina Rosa
Prato: Filé de peixe a moda do chef

04/09 Sábado

12h00 Restaurante Casa Velha
Prato: Língua de Boi com Calabresa

06/09 Segunda

14h00 Ao Pé do Jatobá
Prato: Tropeiro
17h00 Gloria Bistrô
Prato: Chapati, pão indiano cozido no fogão, na Tava (chapa indiana)

07/09 Terça

13h00 Chef Puiati e Restaurantes de Brumadinho
Prato: Paella Mineira

Restaurantes na Praça

Tendas na Praça

Antônia Bar e Restaurante
• Almôndega, Carne de Porco defumada na lata, Iscas de filé e Cubos de peito de frango

Ao Pé do Jatobá
• Tropeiro e Mexido

Ateliê
• Costelinha ao molho Barbecue

Chalé Colinas de Casa Branca
• Frango com jiló

Glória Bistrô
• Samosas, Frango Biryani e Batata Aloo Gobi

Nina Rosa Cozinha Gourmet
• Tilápia na manteiga de ervas com purê de batatas e iscas de tilápia com molho verde

Ora Pró Nobis
• Frango a Passarinho e Omelete de Ora Pró Nobis

Recanto com Sabor Restaurante e Petisqueira
• Baião de dois

Restaurante Casa Velha
• Língua com calabresa ao vinho

Restaurante Fazenda Rancho do Peixe
• Arado de Bão e Jardineira do Rancho

Verde Folhas
• Bolinho Verde, Bolinho de Nada e Creme de Açaí

Power Drinks e Coquetéis
• Drinks variados

Festins nos Restaurantes

Ao Pé do Jatobá, 03/09, sexta, 21h
Chef: Laurinha
Endereço: Rua do Jatobá, s/n
Reservas: (31) 3575-3252 - 9903-5793 ou 9873-7048
• Picanha ao Pé do Jatobá com petit gateau de mandioquinha, ao molho de jabuticabas.
• Vinho Tinto Pinot Noir

Restaurante Antônia, 04/09, sábado,à partir das 12h
Chef: José Claudio Simões/Antonia
Endereço: Alameda Ipê Branco, 651
Rreservas: (31) 3575-3705 ou 8213-9591
• Frango com perfume de laranja e alho porró, arroz chow-chow. Roast-beef ao wisky e sal com molho de mustarda de dijon e ervilhas tortas salteadas.(Exclusivo da casa), arroz com alho e salsa

Nina Rosa Cozinha Gourmet, 05/09, domingo, 21h

Chef: Nina
Endereço: Alameda Canela de Ema, 155
Informações e Reservas: (31) 3575-3509
• Roast Beef de Mignon em crosta de ervas frescas e pimentas, Risoni com cogumelos e queijo gorgonzola regado ao molho Nina Rosa. (molho roty com redução de vinho).
• Vinho cabernet sauvignon

Pousada e Restaurante Vista da Serra, 05/09, domingo, 21h
Chef: Fátima
Endereço: Av. Casa Branca, 348
Reservas: (31) 3575-3264 ou 9971-3264
• Cordeiro ao molho de vinho com batatas ao alecrim, tomates ao alho e couscous da Serra.
• Vinho tinto Merlot

Restaurante do Condomínio Aldeia Cachoeira das Pedras, 06/09, segunda, 21h
Endereço: Condomínio Aldeia Cachoeira das Pedras
Reservas: (31) 3575-3207 ou 9889-2989
• A Pitoresca culinária da Aldeia

Ceviche

Postei aqui há algum tempo sobre o encontro que fizemos aqui em casa, harmonizando petiscos com cervejas especiais. Coloquei quase todas as receitas, mas faltou a de ceviche. Como promessa é dívida, aqui vai a receita enviada pela minha grande amiga, Julia Cabaleiro, que na oportunidade preparou essa delícia para todos nós.

Ingredientes

500g de peixe branco (usei tilápia) e 500g de salmão (a receita original leva 1kg de peixe branco e eu resolvi mudar rsrsrs)
suco de 6 limões (usei os sicilianos)
suco de 3 limas
2 cebolas roxas picadas bem fininho
2 colheres de sopa de chili moído sem sementes ( no meu eu usei apenas 1 colher mas ficou muito suave....pra quem gosta de mais pimenta dá pra por tudo)
1 colher de gengibre ralado
8 colheres de sopa de azeite de oliva extravirgem
xícara de coentro fresco picado

Modo de preparo

Misture o suco dos limões e limas com o peixe. Deixe marinar por 60 minutos. Escorra o líquido excedente e misture todos os outros ingredientes com o peixe marinado. Pode ser enfeitado com grãos de milho seco torrado (que eu não achei...). Eu servi com torradinhas pringles, do tipo integral, mas no Peru o ceviche é servido junto com batata doce cozida, mandioca, ou batatas.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Condimentos Caseiros: Mostarda Guinness com Especiarias

Pela praticidade e pela falta de acesso às receitas, a maioria das pessoas, e eu me incluo nessa lista, compra condimentos como mostarda, ketchup, molho barbecue, molho de pimenta, maionese, só para citar alguns.

Na verdade, a versão caseira, muito mais saudável e saborosa, sem os aditivos, estabilizantes, etc., é fácil de ser executada. Além disso, você pode criar a SUA receita, seja de mostarda, de azeite.. as opções são infinitas.

Confesso que o único condimento que fiz até hoje foi o molho barbecue, que ficou excepcional. Já pensei em testar outros, mas nunca coloquei a idéia em prática. Prometo que logo testarei alguns. Enquanto isso, coloco aqui a receita da Mostarda Guinness com Especiarias (tradução livre de Spicy Guinness Mustard) que vi no Saveur e me pareceu deliciosa.

Mostarda Guinness com Especiarias

Ingredientes


1  lata de cerveja Guinness Extra Stout
1 1⁄2 xícara de sementes de mostarda marrom ou preta
1 xícara de vinagre de vinho tinto
1 colher de sopa de sal grosso (ou kosher)
1 colher de chá de pimenta do reino preta, moída na hora
1⁄4 de colher de chá de canela em pó
1⁄4 de colher de chá de cravo da índia em pó
1⁄4 de colher de chá de noz-moscada
1⁄4 de colher de chá de pimenta-da-jamaica

Modo de preparo

Misture os ingredientes em uma vasilha. Cubra com plástico filme e guarde na temperatura ambiente por um ou dois dias para que as sementes de mostarda suavizem e os sabores se misturem. Depois, processe essa mistura em um liquidificador ou processador de alimentos, até que as sementes estejam grosseiramente moídas e a mistura engrosse (cerca de três minutos). Transfira para um pote e cubra, ou tampe. Refrigere por uma noite e use imediatamente ou deixe na geladeira por até seis meses.

Rende três xícaras e meia.


Foto: Andre Baranowski

Harmonização de cervejas no Festival de Tiradentes

Entre as muitas atrações do Festival de Tiradentes, o Senac, em parceria com o Felipe Viegas, da Taberna do Vale, está promovendo o evento "Cervejas e Harmonizações". O primeiro aconteceu na última sexta-feira, dia 20, e tive notícia que foi um sucesso. Quem estiver em Tiradentes no próximo final de semana terá a oportunidade de participar nesta sexta-feira, dia 27. Pena que não estarei lá!! A seleção de cervejas especiais e petiscos está sensacional. Veja os detalhes:


Confira aqui a programação completa do Festival de Gastronomia de Tiradentes.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O melhor de Minas na escadaria da Prefeitura

Neste domingo, dia 22 de agosto, quem passar pela Escadaria da Prefeitura de Belo Horizonte (avenida Afonso Pena, 1.212), entre 8h e 14h, vai encontrar doces, geléias, quitandas, licores e outras bebidas, artigos de vestuário, bolsas, acessórios ornamentais para casa, em madeira e pedra sabão. Tudo produzido pelos artesãos dos municípios que fazem parte do Circuito Turístico Villas e Fazendas de Minas.

De dezembro de 2009 a dezembro de 2010, sempre aos domingos, o Projeto Escadaria vai receber os 42 circuitos turísticos do Estado de Minas Gerais, oferecendo informações sobre os destinos e seus atrativos, com exposição de artesanato, gastronomia típica e apresentação cultural. O evento ocupa o espaço externo que dá acesso ao hall principal da Prefeitura.

O circuito deste domingo é composto por nove municípios: Casa Grande, Catas Altas da Noruega, Conselheiro Lafaiete, Cristiano Otoni, Itaverava, Queluzito, Rio Espera, Santana dos Montes e Senhora de Oliveira, e foi criado em novembro de 2001 com a missão de fomentar e incentivar o desenvolvimento do turismo regional.

O nome Villas e Fazendas de Minas se dá pela enorme quantidade de fazendas coloniais ainda existentes na região, em sua maioria do século 18. Na época do ciclo do ouro eram estas fazendas que abasteciam a antiga Vila Rica. Próximas a elas, foram surgindo vilas que deram origem às atuais cidades que compõem o circuito.

Além dos produtos, neste domingo o espaço recebe apresentação musical do Trio Caboclos de Minas, grupo formado por Gaspar Reis, Wellington Reis e José Carlos Barrão, instrumentistas de viola com 6, 10 e 12 cordas, respectivamente.




Projeto Escadaria
Aos domingos, das 8h às 14h
Local: Hall externo da Prefeitura de Belo Horizonte
Av. Afonso Pena, 1212 – Centro

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Gräbenwasser MalzBrot (Pão de Malte)

Na visita que fiz à Bélgica em julho, fiquei sabendo que o bagaço do malte utilizado na fabricação da cerveja é vendido às fazendas. As vacas ficam mais felizes e dão mais leite (rsrs). Além de alimento para as mimosas, o malte pode ser usado para fazer um delicioso pão.

Levei para casa um bocado do bagaço da nossa produção de ESB na Taberna do Vale, e congelei porções menores em diversos saquinhos. Os colegas da Taberna me enviaram algumas receitas, mas eu resolvi reproduzir a que eu encontrei no blog da Cervejaria Gräbenwasser, de Joinville (SC).

Apesar de ter em casa uma máquina de pão, achei que a ocasião pedia que eu fizesse à mão. O resultado foram dois pães grandes, que ficaram lindos e deliciosos. Logo repetirei a dose, usando aos poucos o meu estoque de malte!

Ingredientes

300gr de malte de cevada moído (bagaço)
800gr de farinha de trigo
4 colheres (sopa) de mel
1 sachê (ou 1 colher sopa rasa) de fermento biológico seco
1 colher rasa (sopa) de sal
350ml de leite
1 colher (sopa) de banha (ou margarina)

Modo de preparo

Em uma bacia misture todos os ingredientes com as mãos até que forme uma massa homogênea. Salpique farinha de trigo em uma bancada de mármore ou granito e trabalhe a massa por, no mínimo, 10 minutos. Coloque de volta na bacia, cubra com um pano seco e limpo e deixe a massa descansar por 1 hora.

Com uma faca, divida a massa em duas partes iguais e trabalhe novamente na bancada. Coloque as duas bolas em tabuleiro grande, untado com óleo. Cubra com um pano novamente e espere crescer bem, até dobrar de tamanho (mais 1 hora, mais ou menos). Antes de ir ao forno, pincele um ovo batido sobre o pão para deixá-lo bem dourado. Asse em forno alto (220ºC) por 45 minutos. Logo que retirar do forno, desenforme e mantenha sobre uma superfície arejada para não suar a parte de baixo do pão.

OBS: Você pode dividir a massa em mais partes, para fazer diversos pãezinhos menores, ou pode colocar a massa toda em uma forma grande, própria para pão.


antes de assar
depois de assado

O sangue cervejeiro corre em minhas veias

“Já sei porque você gosta tanto de cerveja: a nossa família vem da região da Boêmia”. A frase dita pelo meu avô Paulo há muitos anos veio à tona recentemente. O que ele não sabia é que ela seria quase profética: a neta amante de cerveja está prestes a se tornar uma homebrewer.

No último final de semana, Bruno e eu concluímos o curso de produção teórica e prática de cervejas especiais da Taberna do Vale, que foi simplesmente delicioso e inspirador. Na primeira parte, o professor Felipe Viegas deu uma aula teórica, explicando o processo e todas as etapas envolvidas na produção. No dia seguinte, colocamos em prática o que havíamos aprendido, e fizemos a nossa ESB, Extra Special Bitter, representante da escola inglesa.

Dá pra se sentir um verdadeiro alquimista, mexendo aquele panelão.


A cada adição de um ingrediente novo, descobríamos novos aromas e cores. Inebriante o cheiro dos maltes de cevada, e também o do lúpulo, logo depois de ser adicionado ao mosto.

O processo em si não é complicado, mas a coisa pega nos detalhes. Tudo começa com a definição do estilo de cerveja que será produzido, e da receita. É semelhante à elaboração de comida, mas com diferenças fundamentais, que exigem atenção redobrada. Na cozinha, podemos provar o que está sendo feito, o que nos permite corrigir quantidades e temperos, ajustar o tempo do cozimento.

No caso da cerveja, você só saberá o resultado, se a receita ficou boa ou não, quando o produto estiver acabado, depois da brasagem e de dias ou até meses de fermentação. Por isso mesmo, é muito mais desafiador e, ao mesmo tempo, extremamente recompensador.

 Malte moído na panela de brasagem

A brasagem consiste em macerar os grãos e embebê-los em água quente, passando por uma escala de temperaturas e drenando, então, o mosto. O processo promove a sacarificação, que é a conversão do amido em açúcar.

Aprendemos que na brasagem é essencial controlar a consistência e a estabilidade da temperatura

No final da brasagem, fizemos o teste do iodo para ter certeza de que todo o amido foi convertido em açúcar

 Bombeando o mosto filtrado para a Tina de Fervura

 Adição de lúpulo, uma etapa da fervura que deixa o ambiente altamente perfumado

Resfriamento do mosto, com a ajuda de um trocador de calor, e transferência para a bomba de fermentação

Trub, sedimento de material coagulado e do lúpulo fica depositado no fundo da caldeira

Inoculando as leveduras responsáveis pela fermentação

Durante a semana, as leveduras metabolizaram os açúcares do mosto e os transformaram em álcool e em CO2. A cerveja foi então resfriada para maturação. Nesta etapa, as leveduras refinam o sabor da cerveja e se assentam no fundo do tanque de fermentação. Foi o que constatamos ao chegar à Taberna no final de semana seguinte para envasar a nossa produção.


 Tudo pronto, aprendemos a sanitizar as garrafas e a envasar utilizando a técnica de priming, que é o método de adicionar um pouco de açúcar antes de engarrafar para fazer a carbonatação da cerveja.

Felipe envasando a Taberna ESB


 Maravilha a cor da nossa filhota

Agora, é só esperar a refermentação na garrafa, que demora no mínimo uma semana, para experimentarmos a inglesinha.

A nossa produção estreou o kit que está sendo vendido aos alunos do curso que realmente decidirem fazer cerveja em casa. Os equipamentos, com tecnologia desenvolvida pela Taberna, funcionaram maravilhosamente, deixando felizes o professor e os futuros cervejeiros.

Saímos de lá com o nosso diploma, certos de que ainda temos muito a aprender, mas ávidos para começar a produzir as nossas cervejas. Espero que em breve este sonho se torne realidade.


Se você também tem vontade de produzir a sua cerveja, inscreva-se na próxima turma de produção teórica e prática, que acontecerá nos dias 15, 16 e 23 de outubro. Mas se você quer somente conhecer mais sobre este mundo, degustando cervejas e pratos especiais, faça o curso de degustação e harmonização. Inscrições abertas para o dia 25 de setembro. Mais informações no blog da Taberna.

Quem quiser saber mais sobre as cervejas especiais deve assistir ao documentário exibido recentemente no Programa Planeta Minas, da Rede Minas, que contou com a participação da Taberna do Vale e de diversos atores do mundo cervejeiro.

Acesse e veja através dos links abaixo:
http://www.redeminas.tv/centro-de-midia/planeta-minas/cervejas-especiais-1
http://www.redeminas.tv/centro-de-midia/planeta-minas/cervejas-especiais-2
http://www.redeminas.tv/centro-de-midia/planeta-minas/cervejas-especiais-3

Grande Festival de Massas do Sapore D'Italia

Spaghetti alla Puttanesca, elaborado com molho de azeite, tomate, azeitonas e anchovas, será uma das atrações do festival. 

O negócio do chef Gabriel Carvalho, do restaurante Sapore D'Italia, aqui de BH, são os festivais. Depois do risotto, as estrelas da vez são as massas. Até o dia 31 de agosto, quem for ao restaurante terá a oportunidade de saborear massas de formatos pouco conhecidos no Brasil, como caserecce, trenette e pinci, além dos já tradicionais spaghetti, tagliatelle, cannellone, ravioli, penne, agnolotti, pappardelli e raviolini.

O festival acontece em formato de rodízio. O comensal poderá comer cerca de 10 tipos de massas com formatos e molhos diferentes, o quanto quiser. Entre as opções que podem compor o menu do dia estão:
Caserecce com ossobuco de vitello (massa de formato helicoidal, curta, fresca, feita no restaurante, com sêmola de grano duro e molho rico de carne de ossobuco de vitello)
Pappardelle al ragù de pernil de javali (massa larga, em forma de fita, fresca, feita na casa e cortada à mão, servida com molho suculento de carne de pernil de javali)
Agnolotti Verdi con uva secca, nocci e ricotta (massa verde recheada com passas, nozes e ricota gratinada ao molho quatro queijos)

Nas terças, quartas e quintas-feiras, o preço do festival é R$ 48,00 por pessoa. As sextas, sábados e domingos, o valor passa para R$ 68,00 e serão acrescidos molhos com camarão, bacalhau, lagostim, frutos do mar, trufado e bottarga (caviar italiano), além de opções de massa al Nero di Seppia, elaboradas com tinta de lula.

E, como é de praxe, além dos rótulos presentes na Carta de Vinhos do restaurante, o Sapore D’Italia incentiva seus clientes a levarem sua própria garrafa, cobrando apenas R$ 3,00 por taça utilizada e isentando a taxa de rolha.

SERVIÇO:
Grande Festival de Massas
Data: até 31 de agosto
Local: Restaurante Sapore D’Italia (Rua Mestre Luiz, 64 - São Pedro - BH)
Terças, quartas e quintas-feiras: R$ 48,00 por pessoa
De sexta a domingo: R$ 68,00 por pessoa
Informações e reservas: (31) 3227-4585

Nigella de calças


Estreia nesta quinta-feira, 19 de agosto, no canal GNT, às 18h30, um programa que ensina a preparar pratos rápidos. Estrelado pelo canadense Chuck Hughes, o "Receitas de Chuck" vive sob a bandeira de que comida bem-feita não precisa ser extravagante. Na série, Hughes irá fazer comidinhas simples para seus amigos e sua família em seu tempo livre. Pela descrição, parece-me uma Nigella Lawson de calças. Vamos ver o que o moço tem para mostrar. Chuck é chef e proprietário do restaurante Garde-Manger, em Montreal, e estreou na televisão canadense em 2008.

As receitas do programa você encontrará no site do GNT.

Serviço
"Receitas de Chuck"

QUANDO: às quintas-feiras, às 18h30, no GNT.
Reprise na sexta, às 9h30, e no domingo, às 12h.

Fonte: Folha.com

terça-feira, 17 de agosto de 2010

No tacho não pode?

 Créditos: Portal UAI

Há dezenas ou, mais provável, centenas de anos, cozinheiros têm usado panelas de cobre, aqui e em todo o mundo. Doceira que se preza só prepara seus quitutes nos famosos tachos. Agora a Vigilância Sanitária resolveu proibir de vez a utilização dos mesmos, sob o argumento de que o metal provoca danos à saúde. Veja a matéria do portal UAI:

O verde vivo do figo em calda, a liga cremosa do doce de leite, a goiabada na consistência perfeita e a rapa de tudo isso no fundo de um tacho de cobre correm o risco de se tornar meras lembranças em Minas Gerais, para desespero dos amantes dos famosos quitutes mineiros. A Vigilância Sanitária Estadual, com base em resolução de 2007 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), proibiu o uso de utensílios de cobre na produção alimentícia, sob argumento de que a absorção excessiva do metal provoca desordens neurológicas e psiquiátricas, danos ao fígado, rins, nervos e ossos, além da perda de glóbulos vermelhos. A decisão, que pode significar o fim dos doces feitos no popular tacho, representa tristeza para doceiras e admiradores da culinária tradicional.

Pelas muitas Minas Gerais, são diversas as panelas que mesclam heranças gastronômicas e culturais de brancos, negros, índios, mulatos e caboclos. Mas o tacho de cobre é unanimidade em cada canto do estado. Por isso, a proibição já causa mal estar entre cozinheiros e apaixonados pela boa mesa. Nas próximas semanas, a Secretaria de Estado de Saúde promete orientar as donas de casa sobre a recomendação da Anvisa, por meio de cartilhas.

Mas, antes mesmo do aviso oficial, a amarga notícia já chegou às cozinhas das doceiras. Elas juram que o tacho, além de bom companheiro para as prosas na cozinha, não faz mal a ninguém, principalmente quando bem higienizado. “Meu avô morreu com quase 90 anos e nunca deixou de fazer iguarias nesse utensílio”, comenta Maria Ecília de Jesus, de 55. Doceira em Santa Luzia, na Região Metropolitana de BH, ela conta com orgulho que sempre sonhou em ter sua própria panela. “Pedia emprestado. Mas, há um ano, decidi ir ao Mercado Central de BH e comprar um tacho só para mim. É bom demais. O gosto dos quitutes fica melhor”, garante.

Revoltada com a proibição, Nelsa Trombino, dona do restaurante mineiro Xapuri, na Região da Pampulha, não mede críticas. “Estão querendo acabar com a tradição de Minas. Isso é uma cultura nossa”, reclama, contando que há mais de 50 anos usa o tacho na cozinha. “Mantemos sempre a limpeza dele. Isso é um absurdo. Sou a primeira a fazer guerra contra essa proibição.”

Segundo a coordenadora de Registro e Cadastro de Alimentos da Saúde estadual, Joana Dalva de Miranda, a normatização da Anvisa tem sido aplicada sobretudo às empresas. “Já conseguimos retirar os tachos de cobre das indústrias, provando para eles que o que deixa a cor mais verde do doce de figo, por exemplo, não é o tacho de cobre, mas o tratamento do fruto. A lei vale para todos. Já orientamos as vigilâncias sanitárias dos municípios mineiros no sentido de barrar qualquer expositor de uma feira que tenha produzido doces no tacho”, diz, reconhecendo que é impossível fiscalizar as residências. “Por isso, nas próximas semanas vamos tentar orientar as donas de casa sobre essa recomendação, que vale não só para tachos, mas colheres, revestimentos e outros utensílios.”

Amante da gastronomia mineira e apaixonada pelas panelas de Minas, a francesa Elisabeth Bufet esteve ontem no Mercado Central, no Centro de BH, pela primeira vez. Levada pela amiga, a guia turística Ana Maria Ferreira, Elizabeth não acreditou que o tacho está proibido em Minas. “Na França, os grandes chefes de cozinha usam os caldeirões de cobre para cozinhar. Lá também é tradição. Eu mesma faço doces nele”, conta. Ana Maria Ferreira também considera a decisão uma afronta às tradições.

A polêmica se espalhou pelos corredores do Mercado Central, onde há dezenas de lojas que vendem o utensílio. “É a peça mais procurada. A gente fica triste nem é pela venda, mas pelo fim da tradição”, comentou Antonieta Carvalho, dona de três lojas que vendem material de cozinha e adornos no mercado.

Descrença

Gema Galgani Braga, de 76 anos, de Santa Luzia, faz doces há mais de 60 anos. Quando começou, sua mãe, Joana Batista Silvestre, e sua irmã Piedade Margarida, de 88, conhecida como Quetita, já usavam o vasilhame de cobre. “Não sei usar outro tipo de tacho. E também não sei de uma única pessoa que tenha comido dos meus doces e tenha tido uma dor de barriga”, brinca.

A decisão da Vigilância Sanitária a deixou indignada. “O que as autoridades têm que fazer é ensinar a usar direito o tacho, a limpá-lo bem para não deixar dar o azinhavre (substância esverdeada, resultado da oxidação do metal), que é perigoso e venenoso. É preciso arear todos os dias e enxugar com pano seco, no calor do fogo. Tacho é tradição nas cozinhas e ela não pode ser quebrada”, decreta a doceira, famosa pelas balas delícias, canudinhos de doce de leite, doces de frutas, cocadas, entre outros. “Se proibirem os tachos, o que será de nós, doceiras? Virar o tacho de cabeça para baixo e ficar na porta de casa sem ter o que fazer?”, pergunta.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Broinha de fubá de canjica

Eu simplesmente ADORO as broinhas de fubá de canjica. Toda vez que vou à padaria, fico namorando elas de longe, e só de vez em quando me rendo a essa tentação. No entanto, nunca tinha pensado em fazê-las em casa, até que vi ontem este post no delicioso blog Come-se, da Neide Rigo.

Antes de voltar ao lar, depois do trabalho, passei na minha amada Big Pão e, para a minha alegria, lá tinha o fubá de canjica. Não pensei duas vezes: comprei um pacote e corri para a cozinha testar a receita, que ficou uma delícia! O marido, os colegas de trabalho, a mãe, a irmã e a sogra aprovaram.




Pedi permissão à Neide para reproduzir a receita e as informações preciosas do blog, que gentilmente me concedeu. Obrigada, Neide! Fiquei com dó dos paulistas, que não conseguem fazer essa maravilha por lá por causa da falta do ingrediente principal: o fubá de canjica. A Neide me disse que ninguém conhece o dito cujo em São Paulo...

Segundo ela, o fubá de canjica é extraído de milho duro e seco resultando num pó muito fino e rico em amido. O que o distingue do fubá mimoso é a granulometria e o tipo de moinho usado para produzi-lo, já que ambos usam como matéria prima o grão do milho amarelo desgerminado e sem o pericarpo (a película que recobre o grão), também chamado de canjica amarela. Tradicionalmente o processo era feito da seguinte forma: o milho era deixado a secar no próprio pé, o que resultava num fubá saboroso e adocicado; depois os grãos debulhados passavam pelo monjolo para que fossem eliminados o gérmen e a película. A parte vítrea, mais dura, do milho era triturada em moinho de pedra, também movido a água (como o monjolo) que, num processo demorado, transformava o milho desgerminado num pó de granulação finíssima. Hoje a maioria é feita em moinho de pedra elétrico, mas o resultado parece continuar o mesmo. Quase uma maisena. Estas broinhas funcionam bem com este fubá.

Segue abaixo a receita da Neide, baseada na receita fornecida a ela pela Elzinha Nunes, do restaurante Dona Lucinha.

Ingredientes

5 ovos médios (240 g)
1/2 xícara de óleo (120 ml)
1 xícara de leite frio integral (240 ml)
1/4 de xícara de açúcar (45 g)
1/2 colher (chá) de sal
2 xícaras de fubá de canjica (180 g)
2 colheres (chá) de grãos de erva-doce

Modo de preparo

Ligue o forno na temperatura de 250 graus e deixe aquecendo enquanto prepara a massa. Unte com manteiga e polvilhe com fubá uma assadeira grande ou duas médias. Reserve.
Faça a massa: coloque no liquidificador os ovos, o óleo, o leite, o açúcar, o sal e cerca de um quarto do fubá pesado. Bata bem até ficar uma massa lisa. Despeje tudo numa tigela e junte o restante do fubá e a erva-doce. Misture bem até formar uma massa cremosa. Passe óleo numa xícara de chá de fundo arredondado e coloque aí um pouco de fubá. Retire porções de massa usando duas colheres de sobremesa (uma para pegar, outra pra empurrar). Jogue a porção de massa dentro da xícara, rodeie para moldar a bolinha e vire sobre a assadeira preparada. Faça isto com toda a massa, deixando espaço entre as broinhas, que vão crescer. Leve ao forno preaquecido e deixe assar até crescer e ficar bem dourada (cerca de meia hora), lembrando que meu forno é um doméstico nada confiável - portanto, fique de olho no seu forno e, se precisar, faça adaptações na temperatura e no tempo.

Rende: cerca de 25 broinhas

OBS: eu produzi 18 broinhas com essa quantidade de massa.


Pudim de leite condensado da Íris

Há um mês ganhei um presente inesperado e delicioso do meu amigo André, um pudim de leite condensado inteirinho, feito pela Íris, mãe dele. Conversei com ela hoje por telefone, que me passou a receita. Em breve farei lá em casa.

Em relação ao pudim, cada pessoa tem a sua preferência. Eu gosto dele menos doce, bem levinho e aerado, como o da Íris. Já a minha amiga Ritinha prefere a versão mais doce e mais densa. Se você também é dessas pessoas, diminua a quantidade de leite da receita, colocando apenas uma lata.

Ingredientes
3 ovos inteiros
1 lata de leite condensado
1 lata e meia de leite integral (medida da lata de leite condensado)
¼ de xícara de açúcar

Modo de preparo
Bater todos os ingredientes, menos o açúcar, com um batedor manual ou no liquidificador. Em uma forma para pudim, colocar o açúcar e levar a forma ao fogo até que ele vire calda. O ponto da calda vai do gosto de cada um também. Eu a prefiro mais rala, quem prefere mais grossa, deixar mais tempo no fogo. Despejar a mistura de leite e ovos na forma e cobrir com papel alumínio. Levar ao forno pré-aquecido a 250 graus, em banho-maria, dentro de um tabuleiro. Atenção, a Íris frisou que o buraco do meio da forma deve ser fechado em cima, para não entrar água no pudim. Assar por 40 minutos. Deixar esfriar e levar à geladeira.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A Gastronomia e a Bienal do Livro de SP


Boa dica para a turma de Sampa e para os que passarem por lá este mês.

A 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que começou hoje, dia 12, e vai até o dia 22, conta com espaço especial dedicado à gastronomia. O Cozinhando com Palavras irá reunir chefs de cozinha, profissionais do setor, críticos gastronômicos e personalidades entusiastas da arte do bem comer, brasileiros e estrangeiros, para debaterem o tema, além de tratarem da gastronomia retratada em livros. Para participar é necessário retirar a senha com 2 horas de antecedência no próprio espaço.

Entre os convidados, estão nomes como Claude Troisgros, Andre Boccato, Carla Pernambuco e Manoel Beato. A programação completa, com grades de horários está no site da Bienal, e aqui, você confere algumas das atrações programadas.

Amanhã, dia 13, uma das atrações é a palestra sobre cozinha afrodisíaca, às 14h, ministrada pelo chef Allan Vila Espejo, especializado em cozinha espanhola.

No dia 14, às 10h30, Giuliana Bastos, autora do Dicionário Gastronômico, café com suas receitas, promove workshop ao lado da barista Silvia Magalhães.

No mesmo dia, às 14h, o chef Chakall, que comanda a classe executiva da companhia aérea Sata Internacional, com produtos dos Açores, aliando os sabores das ilhas do Atlântico aos de Portugal Continental, falará sobre a polêmica comida de avião.

Para o dia 15, uma das atrações programadas é o encontro entre os críticos gastronômicos Arnaldo Lorençato (Veja SP), Josimar Mello (Folha), Maria da Paz Trefaut (Valor), Danusia Bárbara (Estadão) e Dias Lopes (Revista Gosto).

Para quem gosta de um bom brigadeiro, no dia 17, às 10h30, Juliana Motter pilota o fogão enquanto a marca de chocolates Valrhona promove palestra.

E no dia 22, data de encerramento da feira, haverá um debate sobre tendências na gastronomia mediado por Cenia Salles, líder do movimento Slow Food no Brasil, Rita Lobo, defensora da Cozinha Verde, e Daniel Aquino, chef da Cozinha Molecular e da Sis Sentits.

21a Bienal Internacional do Livro de São Paulo
Pavilhão de Exposições Anhembi
Av. Olavo Fontoura, 1.209, Ibirapuera (São Paulo)
Tel.: (11) 2226-0400
www.bienaldolivrosp.com.br

Fonte: Basilico

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Lingüiça no mel e champagne

Já tinha postado aqui a receita da linguicinha agridoce da Nigella, que é deliciosa. No entanto, muitas pessoas me disseram que faziam a linguiça com champagne. Então, resolvi testar. Ficou boa, mas ainda prefiro a outra!!

Ingredientes

500g de lingüiça cocktail (ou aperitivo)
1 garrafa de Cidra Cerezer de Maçã
1/2 colher de café de pimenta calabresa seca
4 colheres de sopa de mel

Modo de preparo

Coloque a lingüiça na panela e cubra com o champagne. Leve ao fogo baixo com a panela tampada até começar a ferver, tire a tampa e deixe cozinhar. Quando o champagne começar a evaporar e o caldo começar a ficar grosso, coloque a pimenta. Quando secar quase todo o caldo, desligue o fogo, coloque o mel e misture.
 

Batata bolinha ao murro com molho de gorgonzola

Ingredientes

1kg de batata bolinha com casca
Sal grosso, pimenta do reino moída e alecrim a gosto
Azeite de oliva
200g de queijo gorgonzola
1 xícara de creme de leite

Modo de preparo

Lave as batatas e cozinhe-as em água salgada, com casca. Escorra. Amasse um pouco cada batatinha com o dedo polegar. Coloque-as em um tabuleiro, tempere com sal grosso, pimenta e alecrim picadinho (seco ou fresco). Regue com azeite. Asse em forno médio, pré-aquecido, até que as batatas estejam coradas. Em uma panela pequena coloque o queijo em pedaços e misture em fogo baixo até que ele derreta. Junte o creme de leite e misture bem. Despeje o molho sobre as batatas e sirva.

Costela de boi fácil

O nome também poderia ser costela sem água, ou costela na cebola. A receita foi obra da minha irmã e do cunhado. Recomendo!! O sabor ficou incrível, as cebolas meio adocicadas, com molho escuro e levemente apimentado. Antes de servir, decidi desfiar a costela e depois misturar o molho novamente para ficar mais fácil na hora de comer, com as rodelas de pãozinho de sal.

Ingredientes

8 cebolas em rodelas
1,5kg de costela de boi em pedaços grandes
4 tabletes de caldo de carne
1 colher de sobremesa de páprica picante
1 lata de cerveja preta

Modo de preparo

Deixar a carne marinando na cerveja preta com a páprica por uma hora. Colocar em uma panela de pressão metade da cebola, a carne (sem a cerveja), a outra metade da cebola e o caldo de carne picado. Cozinhar na pressão por 45 minutos a uma hora em fogo baixo.

OBS: A minha irmã usou a cerveja preta somente na marinada, e depois jogou fora, mas acho que seria interessante cozinhar a carne com a cerveja.
 

Queijo pachá

Ingredientes

350g de queijo provolone cortado em cubos médios
2 ovos
1 xícara de farinha de rosca
óleo de canola para fritar
pimenta e noz moscada

Modo de preparo

Bata os ovos num recipiente e tempere com pimenta e noz moscada. Pegue os cubos de queijo, passe na mistura de ovos e empane com a farinha de rosca. Leve à geladeira os cubinhos empanados num saco plástico por 30 minutos antes de fritar. Esquente o óleo numa frigideira e frite os cubos. Utilize papel toalha para retirar o excesso de gordura. Sirva quente.

OBS: Enquanto os cubos fritavam, alguns acabaram estourando.. Isso não prejudicou o gosto, que ficou muito bom, por sinal, mas fez uma bagunça boa na frigideira. Acho que eles estouraram quando fui virá-los. Talvez, se eu tivesse uma daquelas fritadeiras de deepfry, isso não teria acontecido. Alguém tem alguma dica?
 

Encontro harmonizado

Em julho, antes da viagem, fizemos uma reunião aqui em casa, inspirados pelo Primeiro Encontro dos Amigos da Taberna do Vale. A idéia era produzir alguns petiscos e harmonizá-los com cervejas especiais. A coisa não foi tão planejada como o evento da Taberna, mas, no final, deu certo.

Abrimos os trabalhos com cervejinhas mais leves, como Áustria Pilsen e Weiss, Colorado Appia (Weiss) e Erdinger Weiss. As pilsen harmonizaram perfeitamente com o queijo pachá, frito na hora.


O ceviche, temperado sem excessos, com pouca pimenta e leve acidez, acabou casando melhor com as cervejas da entrada.


Depois, veio a tropa intermediária, com Erdinger Weizenbock, duas IPAs (India Pale Ale), Colorado Indica e Falke Estrada Real, e Murphy’s Irish Red (Red Ale Irlandesa). Elas combinaram bem com a costela de boi cozida com muita cebola e com a linguicinha no mel e champagne.




A batata bolinha ao murro com molho de gorgonzola desceu bem aí, e também com a Colorado Demoiselle (porter). As porter costumam harmonizar muito bem com o gorgonzola.


Para finalizar, os deliciosos e irresistíveis minibis, com Colorado Demoiselle e Backer Brown. Sucesso total! As receitas dos petiscos seguem nos próximos posts.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Temporada napolitana no Saatore

 Perna de cordeiro

Até o dia 30 de agosto, o Saatore Ristorante, casa localizada dentro do hotel San Diego, em Belo Horizonte, promove temporada napolitana em homenagem ao seu fundador, Salvatore Di Monda. 13 receitas inéditas criadas por ele entram no cardápio somente este mês. Entre os destaques estão o cordeiro ao forno e o linguine com cogumelos e camarões.

Confira a lista completa dos 13 pratos:

Cordeiro ao Forno
Perna de cordeiro acompanhada de minibatatas e miniceboletes

Linguine com cogumelos e camarões
Tiras de massa com cogumelos e camarões ao molho vermelho

Vermicceli com coração de alcachofra
Vermicceli al dente com tiras de alcachofra ao parmesão

Tortiglioni Allá Saatore
Tortiglioni al dente ao molho de erva doce

Linguine Mediterrâneo
Tiras de massa com polvo ao molho vermelho

Farfalle ao molho de Mostarda
Farfalle ao molho de folhas de mostarda

Tagliatelle ao Ragú
Tagliatelle al dente ao ragú de cordeiro

Risotto Agli Scampi
Risotto de lagostins

Coelho a caçadora
Carne de coelho em cubos com papardelle al dente

Penne Meditarrâneo
Penne com lombo de bacalhau

Conchiglioni Napolitano
Conchiglioni recheado ao molho de tomates com grana padano

Tortelloni de Frutos do Mar
Trouxinhas de tortelloni de lagostins

Risoto de Bacalhau
Risoto de bacalhau ao molho vermelho

Serviço
Saatore Ristorante

Local: Av. Álvares Cabral, 1.181 – Lourdes
Funcionamento: de segunda a quinta, das 12h às 15h, e das 19h às 24h. Sexta, das 12h às 15h, e das 19h à 1h. Sábado, das 19h à 1h. Domingo e feriado, das 12h às 15h.
Informações: (31) 3339-3180

Novidades do Festival de Tiradentes

No mês passado, avisei aqui que a programação do Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes estava no ar, e coloquei a lista das chefs responsáveis pelos festins deste ano. Hoje, dou mais detalhes das outras atividades que acontecerão durante o evento, entre os dias 20 e 29 de agosto.

A programação gastronômica do Festival também contará com cursos e degustações. As inscrições, gratuitas e limitadas a 50 vagas por curso, podem ser feitas em Tiradentes durante o Festival. Todas as chefs que comandarão os festins irão ensinar ao público um dos pratos servidos nos banquetes.


Outros nomes da gastronomia também partilharão suas experiências. São elas: Mari Hirata, escritora e consultora de gastronomia em Tóquio (Japão); Deise Novakoski, sommelière / bartender no restaurante Eça (RJ), eleita pela revista Gula a Sommelier do Ano em 2004; Cilene Saorin, uma das primeiras mestres cervejeiras e bier sommelier do Brasil; Janaína Rueda, chef do Bar Dona Onça (SP), eleito em 2009 o melhor bar pela revista Prazeres da Vida; e Isabela Raposeiras, barista e mestre de torra, vencedora do Primeiro Campeonato Nacional de Barista, em 2002; Nelsa Trombino, chef do restaurante Xapuri (BH), eleito o melhor restaurante de Comida Brasileira pela Veja Belo Horizonte e como o melhor da Cozinha Mineira pela Revista Gula.
 

Cultura

Além da programação gastronômica, esta edição também proporcionará aos visitantes e à população local diversas atividades culturais, como encontros musicais, recitais de poemas, lançamentos de livros, exposições, apresentações teatrais e sessões de cinema ao ar livre, sempre com um toque feminino, já que o festival homenageia as mulheres.

O Palco Principal será montado na Praça da Rodoviária, onde acontecerão encontros musicais protagonizados por intérpretes femininas. A cantora Aline Calixto recebe Dona Jandira, encontro que promete ser regado a muito samba nacional. Já a mineira Alda Rezende chamará Fernanda Takai para acompanhá-la nos sucessos da música popular brasileira. As mineiras Érika Machado e Marina Machado, o grupo Brasileirinhas, com a saxofonista Daniela Spielmann e a pianista Sheila Zagyry também irão se apresentar no festival.


Ingressos esgotados para os festins

Atenção, o twitter oficial do evento informa que os ingressos para os festins estão esgotados. Quem quiser pode entrar na fila de espera, basta enviar email através do site.

Quem não conseguiu vaga nos festins, pode tentar se inscrever para participar dos eventos parceiros. No sábado, 21 de agosto, acontece o  IV Festival de Paellas da Pousada Lago D´Ouro. No mesmo dia a Pousada Villa Paolucci oferece almoço com o famoso leitão pururuca do Luiz. Veja aqui a programação completa dos eventos parceiros.

Serviço:
XIII Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes
20 a 29 de agosto
www.culturaegastronomia.com.br

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O retorno e o saldo de produtos gourmet do giro europeu

Em primeiro lugar, gostaria de desculpar-me com todos pelo “sumiço” repentino e inexplicado. Dito isso, foi por uma ótima causa. Na segunda quinzena de julho viajamos à Europa para o casamento da minha irmã Teresa, e aproveitamos para dar um pequeno giro pela França, Bélgica e Holanda. Em pouco menos de duas semanas, percorremos o sul da Córsega (ilha francesa no mediterrâneo), Paris, Bruges, Bruxelas e Amsterdã. Vivenciamos experiências inesquecíveis, turísticas e gastronômicas, que prometo relatar aqui, aos poucos.

Por enquanto, apresento o saldo de compras gourmet da viagem. Embarquei munida com uma listinha de desejos, que acabou sendo complementada por descobertas que fizemos pelo caminho. A maior parte das aquisições foram feitas em Paris, no Bon Marché e na Grande Épicerie, que ficam na rue de Sèvres. Basta descer na estação de metrô Sèvres Babylone, que você sairá quase em frente ao Bon Marché.


Le Bon Marché é a loja de departamentos mais sofisticada de Paris. Construído em 1869 pelo arquiteto Alexandre Leplanche, ele foi o primeiro prédio da França a utilizar a estrutura metálica de Gustave Eiffel. Segundo a Maria Lina, do blog Conexão Paris, os parisienses o preferem porque é mais confortável, mais vazio, e os turistas apressados não chegam até lá. Ele reúne tudo o que tem de melhor da moda e da decoração, e também tem uma seção maravilhosa de cozinha, onde comprei as mini forminhas de cupcake, o espremedor de limão e os moedores de sal e pimenta da Peugeot. Todos sabem que Peugeot é uma indústria automobilística, mas poucos sabem que é também uma indústria de artigos para a cozinha. Seus moedores, considerados os melhores do mundo, são objetos indispensáveis nas mesas de todos os gourmets.

mini forminhas de cupcakes

espremedor de limão

moedores de sal e pimenta Peugeot

Já a Grande Épicerie de Paris, que fica em um prédio ao lado do Bon Marché e é parte da loja, possui mais de 5000 produtos diferentes, selecionados nos quatro cantos do mundo. Os produtos são comprados todos os dias: mais de 200 queijos, peixes frescos, frangos de Bresse, tudo vindo diretamente do produtor. Atenção: os macarons estão entre os melhores de Paris. Na Grande Épicerie você também pode encontrar produtos das famosas casas Fauchon e Hediard.


Lá adquiri um pacote de sal rosa do Himalaia, bouquets garnis, lavanda, extrato de baunilha, vinagre de frutas vermelhas e as forminhas de madeleine.


sal rosa do Himalaia

De pureza excepcional, o sal é colhido dos depósitos que ficam ao pé da montanha, formados há milhões de anos quando a região era banhada por mar. O lindo tom vem dos minerais presentes, que também contribuem para que seu sabor se diferencie dos demais, com toque metálico agradável e suave. O ferro, por exemplo, dá o tom avermelhado, e o manganês, o laranja, resultando num salmão brilhante.


bouquets garnis da Provence, ideal para utilizar em caldos, ragus e cozidos.


lavanda da Provence, para ser usada no tempero de aves, em sobremesas e infusões


extrato de baunilha

A minha idéia inicial era comprar a fava ou vagem de baunilha, que não acho nos supermercados daqui de BH. No entanto, o preço era salgado, seis euros por UMA fava. Portanto, resolvi comprar o extrato de baunilha, bem mais concentrado do que a essência de baunilha que encontramos no Brasil.


vinagre de polpa de frutas vermelhas

O ceviche com vinagre de framboesa do restaurante Cantina Piacenza me fez querer esse vinagre para mim. Não sei qual é o vinagre que o chef Américo Piacenza usa, se ele mesmo é quem faz, mas não resisti quando vi a garrafinha na Grande Epicerie.


forminhas de mini madeleines

As madeleines são bolinhos doces assados no forno, com a superfície estriada e o formato de concha de vieira, à base de farinha de trigo, manteiga, ovos e açúcar, aromatizados com casca de limão ou água de flor de laranjeira. Essas são as versões tradicionais, mas existem inúmeras, tanto doces quanto salgadas.


Dica do Conexão Paris: você pode almoçar ou fazer um lanche na Grande Épicerie. Em um dos ângulos deste vasto mercado existe um espaço pic-nic que oferece saladas diversas, sopas e uma escolha de dois pratos quentes preparados na hora, diante do cliente. Tudo com a qualidade Bon Marché. Come-se em mesas coletivas e está sempre lotado. Tudo é delicioso. Se você quiser um lugar, chegue antes das 12h ou depois das 14h.

Outras lojas de artigos de cozinha
 
Também pretendia ir à rue Montmartre e arredores para conferir as lojas de artigos de cozinha indicadas pela Maria Lina, mas não deu tempo. No entanto, fica aqui a dica:

Simon A. – bonita loja, fornecedores para hotéis e restaurantes, artigos de excelente qualidade e caros – 48 rue Montmartre 75002 Paris – metrô Les Halles.

La Bovida – vendedores amáveis, panelas das melhores marcas, facas, formas especiais, eletrodomésticos – 36 Rue Montmartre 75001 Paris – metrô Les Halles.

Mora – material para pâtisseries, para padarias e para a cozinha em geral – 13 rue Montmartre 75001 Paris – metrô Les Halles.

G.Detou – material para a fabricação de pâtisseries, de balas e bombons e produtos à base de chocolate – 58 rue Tiquetone 75002 Paris metrô Les Halles.

A Madeleine gastronômica
 
Outra dica para compras gastronômicas em Paris é a Place de la Madeleine. Além de contemplar a estonteante igreja de la Madeleine, você pode fazer um tour pelas lojas Fauchon, Hediard e Maille e pelo restaurante Caviar House & Prunier. Vejam aqui matéria do Conexão Paris sobre a Fauchon e a Hediard, e aqui matéria sobre a Maille e o Caviar House & Prunier.

Especialidades belgas
 
Da Bélgica vieram 13 garrafas de cerveja, que acabaram reduzidas a 10. Infelizmente, três delas quebraram dentro da mala!

Deus, cerveja produzida segundo o método champenoise, e as Delirium Nocturnum e Tremens

Lindemans Gueuze e Cantillon Kriek, Mort Subite Kriek, e as trapistas Westvleteren, Rochefort 8 e 10

"O" Chocolate
 
Lá também comprei os chocolates da Valrhona, apesar da marca ser francesa. Não resisti, porque havia uma loja quase em frente ao hotel de Bruxelas. Aberta em 1922, a fábrica elabora chocolates que estão entre os melhores do mundo. Seus produtos, feitos a partir de matéria-prima selecionada de países como Equador e República Dominicana, são valorizados por ter aromas e sabores exuberantes. Aqui no Brasil, porém, eles eram um tanto desconhecidos, por não dispor de loja própria. Em janeiro de 2010 a fábrica abriu a primeira loja em São Paulo.


Tradição corsa
 
Por fim, da Córsega vieram os deliciosos vinhos tintos e rosés Domaine Saparale, que foram servidos nas festividades do casamento da minha irmã, além de ervas, terrines, compotas, geléias e jogos americanos pintados à mão, garimpados em Bonifácio, pano de fundo das fotos dos produtos.

vinhos Domaine Saparale produzidos em Sartène, Córsega

ervas aromáticas

bagas de myrte

Os arbustos de myrte, mirto, ou murta estão espalhados por toda a Córsega. Na Sardenha e na Córsega produz-se um licor digestivo, chamado mirto, macerando bagas de murta em álcool; ao licor atribuem-se virtudes curativas de doenças da boca e sistema digestivo. Das folhas e flores destiladas faz-se uma água usada como cosmético, chamada água-de-anjo. São cultivadas ainda por causa do seu óleo essencial, usado em perfumaria e mesmo como condimento.


mistura das ervas murta, tomilho, alecrim e louro, para temperar carnes

mistura das ervas murta, tomilho, alecrim e erva-doce, para temperar peixes

terrines, compotas e geléias feitas com produtos típicos da Córsega

Terrines de porco, javali e castanha

Compotas e geléias de figo, mexerica, murta e castanha