quarta-feira, 30 de junho de 2010

Como ganhar um fusca-balança do 'Diário do Olivier'

Já tinha falado aqui sobre a estreia da nova temporada do "Diário do Olivier" no canal GNT, que aconteceu na semana passada, no dia 24 de junho, às 22h30, e da reprise da antiga temporada do programa no canal Viva.

Pois o GNT está fazendo uma promoção cultural que presenteia telespectadores criativos com uma charmosa balança de cozinha no formato do fusquinha verde do chef Olivier Anquier. Basta responder: “Que roteiro gastronômico você faria com o fusquinha do Olivier?” As 5 respostas mais criativas, a cada semana, ganham o fusquinha-balança (edição limitada) de presente. Olha que mimoso!

Como participar:

Você deve entrar no twitter do Canal GNT e iniciar um tweet com a seguinte frase: “Se o @canalgnt me desse o fusca do Olivier eu iria para...” completando com sua resposta criativa.

A promoção acontece toda quinta-feira, a partir de 01h até as 24h, começando em 24 de junho e terminando em 22 de julho. A cada quinta-feira serão selecionadas - e premiadas - as 5 melhores frases da semana. Fique de olho no @canalgnt. Caso vc ganhe, O GNT vai entrar em contato com você via Twitter (reply) para obter o endereço de envio do fusquinha!

Segundo episódio da nova temporada é amanhã

Amanhã, 1º de julho, às 22h30, será veiculado o segundo episódio da nova temporada. Olivier Anquier e sua filha, Júlia, continuam a viagem pela França e vão para região de Brie, conhecida pela produção do famoso queijo, além de ser o berço da família materna do chef. A primeira parada da dupla é na cidade de Coulommiers, onde eles aproveitam a Feira Municipal para comprar ingredientes e conversar com os vendedores e produtores locais.


Olivier prepara queijo brie empanado e salada de pissenlit

Tudo devidamente comprado e degustado, a dupla segue viagem para a cidade vizinha Boissy-le-Châtel para reencontrar o professor Claude Chailley e sua esposa Josette. Olivier aproveita a visita e mostra a Júlia a escola onde estudou. No típico vilarejo francês, Olivier volta às origens.

Na casa do antigo professor, o chef prepara para Monsieur Chailley a receita de queijo brie empanado e salada de pissenlit, uma erva daninha comum na França. Com folhas colhidas diretamente do jardim da casa do mestre, Olivier cozinha para a filha e para os professores.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Applebee's com 50% de desconto

Essa dica vem do blog amigo do competente jornalista Eduardo Girão. De segunda a sábado, das 15h às 20h, você come e bebe o que quiser e na hora da conta, paga só metade no Applebee's, rede norte-americana instalada na nova praça de alimentação do BH Shopping. Inclusive, é possível comprar os vinhos da carta de lá e levá-los para casa, utilizando o mesmo desconto.

Nunca estive no restaurante, mas com essa notícia, pretendo logo visitá-lo para provar a nova linha de hambúrgueres ou, então, as famosas Baby Back Ribs. Para quem está acostumado a pagar R$ 18,00 em um excelente hambúrguer do Eddie, pagar R$ 32,00 no Applebee's é um pouco salgado. Por isso, viva o desconto!

Veja aqui a matéria do Girão sobre os realburguers, e aqui o cardápio do Applebee's.

Baby Back Ribs
Suaves e suculentas costelas de porco temperadas e banhadas com exclusivo molho barbecue, acompanhadas de fritas e uma saborosa espiga de milho cozida.


Fire Pit Bacon Burger
Hambúrguer de 200g coberto com queijo americano e bacon, em um pão levemente tostado com um toque de maionese Chipotle, alface, tomate, picles e cebola roxa.

Guia do Consumidor Saudável


Entrei no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa depois de ler a notícia sobre a resolução que estabelece novas regras para a publicidade e a promoção comercial de bebidas com baixo teor nutricional e de alimentos com elevadas quantidades de açúcar, de gordura saturada ou trans e de sódio. Apesar dessas informações estarem na tabela de informação nutricional, que deve constar obrigatoriamente no rótulo, a maioria das pessoas não sabe decifrar o que aqueles dados significam, e como podem impactar de forma positiva ou negativa na vida de cada um.

Fuçando o site da Anvisa, achei esse Guia de Bolso do Consumidor Saudável, que é um manual de orientação. Veja aqui o guia na íntegra.

O que significam os itens da Tabela de Informação Nutricional nos rótulos

Valor Energético

É a energia produzida pelo nosso corpo proveniente de carboidratos, proteínas e gorduras totais. Na rotulagem nutricional, o valor energético é expresso em forma de quilocalorias (kcal) e quilojoules (kJ).

Carboidratos

São os componentes dos alimentos cuja principal função é fornecer energia para as células do corpo, principalmente do cérebro. São encontrados em maior quantidade em massas, arroz, açúcar, mel, pães, farinhas, tubérculos e doces em geral.

Proteínas

São os componentes dos alimentos necessários para a construção e manutenção de nossos órgãos, tecidos e células. Encontramos proteínas nas carnes, ovos, leites e derivados e também nas leguminosas (feijões, soja e ervilha).

Gorduras Totais

As gorduras são as principais fontes de energia do corpo e ajudam na absorção das vitaminas A, D, E e K. As gorduras totais referem-se à soma de todos os tipos de gorduras encontradas em um alimento, tanto de origem animal quanto de origem vegetal.

Gorduras Saturadas

Tipo de gordura presente em alimentos de origem animal. São exemplos: carnes, toucinho, pele de frango, queijos, leite integral, manteiga, requeijão e iogurte. O consumo desse tipo de gordura deve ser moderado porque, quando consumido em grandes quantidades, pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças do coração. Altos %VD significam que o alimento apresenta grande quantidade de gordura saturada em relação à necessidade diária de uma dieta de 2.000 Kcal.

Gorduras Trans (ou Ácidos Graxos Trans)

Tipo de gordura encontrada em grande quantidade em alimentos industrializados, como as margarinas, cremes vegetais, biscoitos, sorvetes, snacks (salgadinhos prontos), produtos de panificação, alimentos fritos elanches salgados que utilizam as gorduras vegetais hidrogenadas na sua preparação. O consumo desse tipo de gordura deve ser muito reduzido, considerando que o nosso organismo não necessita desse tipo de gordura e ainda porque, quando consumido em grandes quantidades, pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças do coração. Não se deve consumir mais que 2 g de gordura trans por dia.

Fibra Alimentar

Está presente em diversos tipos de alimentos de origem vegetal, como frutas, hortaliças, feijões e alimentos integrais. A ingestão de fibras auxilia no funcionamento do intestino. Procure consumir alimentos com altos %VD de fibras alimentares.

Sódio

Está presente no sal de cozinha e em alimentos industrializados (salgadinhos de pacote, molhos prontos, embutidos, produtos enlatados com sal moura), devendo ser consumido com moderação, uma vez que o consumo excessivo po de levar ao aumento da pressão arterial. Evite os alimentos que possuem altos %VD em sódio.

Propagandas de bebidas e alimentos terão novas regras


Em no máximo seis meses, as propagandas de bebidas com baixo teor nutricional e de alimentos com elevadas quantidades de açúcar, de gordura saturada ou trans e de sódio vão mudar. Esse é o prazo que as empresas têm para se adequar à resolução publicada hoje no Diário Oficial. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a decisão estabelece novas regras para a publicidade e a promoção comercial desses alimentos. O objetivo é proteger os consumidores de práticas que possam, por exemplo, omitir informações ou induzir ao consumo excessivo.

"O consumidor é livre para decidir o que comer. No entanto, a verdadeira liberdade de escolha só acontece quando ele tem acesso às informações daquele alimento, conhece os riscos para a sua saúde e não é induzido por meio de práticas abusivas", afirma a gerente de monitoramento e fiscalização de propaganda da Anvisa, Maria José Delgado.

Ainda segundo o órgão, com a nova resolução, ficam proibidos os símbolos, figuras ou desenhos que possam causar interpretação falsa, erro ou confusão quanto à origem, qualidade e composição dos alimentos. Também não será permitido atribuir características superiores às que o produto possui, bem como sugerir que o alimento é nutricionalmente completo ou que seu consumo é garantia de uma boa saúde. Uma das grandes preocupações da resolução está focada no público infantil, reconhecidamente mais vulnerável.

Alertas - Ao se divulgar ou promover alguns alimentos será necessário veicular alertas sobre os perigos do consumo excessivo. Para os alimentos com muito açúcar, por exemplo, o alerta é "O (marca comercial) contém muito açúcar e, se consumido em grande quantidade, aumenta o risco de obesidade e de cárie dentária".

No caso dos alimentos sólidos, esse alerta deverá ser veiculado quando houver mais de 15g de açúcar em 100g de produto. Em relação aos refrigerantes, refrescos, concentrados e chás prontos, o alerta será obrigatório sempre que a bebida apresentar mais de 7,5 g de açúcar a cada 100 ml.

Os fabricantes de alimentos, anunciantes, agências de publicidade e veículos de comunicação que não cumprirem as exigências estarão sujeitos às penalidades da lei federal, com sanções que vão de notificação a interdição e multas entre R$ 2 mil e R$ 1,5 milhão.

Reproduzido daqui.

Paleta de cordeiro a R$ 14,90/kg

Outro dia postei aqui uma receita de paleta de cordeiro, prato principal do almoço do Dia dos Namorados. Pois ontem estive no Super Nosso Gourmet do Luxemburgo, na av. Guaicuí, e a paleta congelada, com osso, estava em promoção de novo, a R$ 14,90/kg. Claro que comprei mais uma! Não sei se todas as unidades do supermercado estão participando.... Outros cortes de cordeiro, como costeleta e filet, também estão em promoção.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Cursos de Cervejas Especiais


Nos dias 5 e 6 de julho (segunda e terça), a Taberna do Vale, do Felipe Viegas, realiza minicurso de Degustação, Harmonização e Cultura Cervejeira na adega do Verdemar da Nossa Senhora do Carmo. Já fiz e recomendo fortemente!! O espaço tem total infraestrutura, e para quem quer ter uma noção básica sobre esses temas do curso, e ainda se deliciar com excelentes cervejas e ótimos pratos, a oportunidade é imperdível.

Atenção, são duas turmas, uma na segunda, outra na terça, 30 vagas por turma. A palestra será feita pelo Felipe Viegas e os pratos serão preparados pelo chef Uriel Augusto. Durante o minicurso, os participantes degustam duas entradas, três pratos e uma sobremesa. Todos os pratos perfeitamente harmonizados com cervejas especiais e com ingredientes selecionados do Verdemar, principalmente os novos frios espanhóis e carnes de sabor acentuado.

As inscrições estão abertas, na loja do Verdemar do Sion (Av. Senhora do Carmo, 1900). O valor do evento é R$ 80,00 por pessoa (incluído degustação de cervejas e pratos e apostila do curso).

Serão 6 cervejas e 6 pratos. Vejam cardápio abaixo:

Cerveja Carolweiss harmonizada com Involtine Serrano
Salaminho, com camembert e carpaccio de lima persa.

Cerveja Wals Dubel harmonizada com Crocante Beneditino
Sanduíche frito de pernil e queijo estepe.

Cerveja Abadia das Gerais harmonizada com Risoto Trapista
Risoto de damasco e brie com crocante de jamon

Cerveja Falke Ouro Preto harmonizado com Medalhão Pata negra
Medalhão de filé em paleta com crosta cremosa de gorgonzola.

Cerveja Schlenkerla Rauchbier harmonizada com Costeleta Bávara.
Costela confitada acompanhada de purê de maça verde.

Kriek Lambic harmonizada com Crumble Frutado
Torta com massa crumble recheada de frutas vermelhas

Dúvidas e mais informações no marketing do Verdemar: 2105-0101 - Ramal 132 ou 114 ou marketing@superverdemar.com.br.

Quem não tiver disponibilidade de fazer o curso no Verdemar, tem a opção de fazer na Taberna do Vale. Veja a programação de julho no blog da Taberna.

sábado, 19 de junho de 2010

Risoto ao brie, parma, tomate e rúcula

Na quinta o maridão e eu vimos o primeiro Que Marravilha! gravado em Belo Horizonte. Simplesmente hilário. O Claude ensinou a Fernanda, que só sabia fazer miojo, a preparar um delicioso risoto ao brie, parma, tomate e rúcula. Bruno ficou "queiroso" e me pediu pra fazer o risoto no dia seguinte. Ficou realmente uma "marravilha"! Recomendo!!

Risoto ao brie, parma, tomate e rúcula

Serve 4 pessoas

MOLHO DE TOMATE


4 tomates maduros
½ cebola picada
1 dente de alho picado
1 colher de sopa de azeite
½ colher de sopa de extrato de tomate
80ml água
sal
pimenta-do-reino moída na hora

Faça um pequeno corte em cruz nos tomates, coloque-os em água fervendo por 2 minutos e depois jogue-os imediatamente em água com gelo por mais 2 minutos. Assim, será muito mais fácil descascar e retirar as sementes.
Em uma panela, coloque o azeite e refogue a cebola e o. Acrescente os tomates sem pele e sem sementes cortados em cubos. Junte o extrato de tomate e a água e deixe cozinhar em fogo baixo até reduzir. Tempere com sal, pimenta-do-reino e um fio de azeite e bata tudo no liquidificador.

RISOTO

2 colheres de sopa de cebola picada    
300g arroz arbório   
1 copo de vinho branco seco 
08 a 10 conchas de água ou caldo de frango fervente 
1 colher de sopa de manteiga    
300g queijo brie em cubos       
4 fatias de presunto de parma cortados em tiras finas
folhas de rúcula
sal
pimenta-do-reino moída na hora

Refogue a cebola no azeite. Acrescente o arroz e refogue por mais 5 minutos. Coloque o vinho branco e deixe reduzir um pouco. Acrescente 1 concha de água ou caldo de frango fervente e deixe reduzir até secar, sem parar de mexer. Continue a mesma operação, colocando 1 conchas de água ou caldo de frango sempre que secar, até atingir de 8 a 10 conchas ou 20 minutos, mexendo sem parar.
Adicione o queijo brie, o presunto de parma e a manteiga, mexendo por mais 5 minutos. Verifique os temperos, desligue o forno e coloque a rúcula. 

FINALIZAÇÃO

Coloque o risoto no prato fundo. Regue com o molho de tomate e algumas gotas de azeite extravirgem. Decore com folhas de manjericão e se quiser, rale parmesão por cima.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Arroz branco favorece desenvolvimento de diabetes


Tem gente que não gosta, mas até que o arroz integral me apetece. Durante a semana, tenho optado por ele no almoço, no restaurante de comida a quilo. Agora, tenho razões concretas para isso. Veja a notícia:

WASHINGTON (AFP) - Consumir arroz branco frequentemente favorece o aparecimento do diabetes tipo 2, enquanto o risco de ter a doença é reduzido com o consumo de arroz integral, revela um estudo americano publicado ontem, dia 14 de junho.

Cientistas da Escola de Saúde Pública de Harvard acompanharam o consumo de arroz branco e integral por 157.463 mulheres e 39.765 homens, que foram seguidos em três estudos diferentes durante 14 a 20 anos.

O diabetes tipo 2, insulino-dependente, se manifesta em geral na idade adulta. Há quase 24 milhões de diabéticos nos Estados Unidos (8% da população).

Os cientistas de Harvard descobriram que as pessoas que consumiam arroz branco cinco vezes por semana tinham 17% mais chances de desenvolver diabetes tipo 2 que aqueles que o comiam uma vez por semana apenas.

"Nós acreditamos que substituir o arroz branco e outros grãos refinados por grãos integrais, como o arroz integral, ajuda a reduzir o risco de diabetes tipo 2", disse o autor do estudo, Qi Sun, da Escola de Saúde Pública de Harvard. "Há séculos o arroz é um alimento de base nos países asiáticos", destacaram os cientistas. "Mas desde o século XX, os progressos feitos nas tecnologias do tratamento do cereal possibilitaram uma produção em massa de cereais refinados. Durante este processo, a casca do grão, assim como as partes intactas do germen, são retiradas para produzir arroz branco que, de fato, consiste em um endospermo cheio de amido", afirmam os autores.

Mais de 70% do arroz consumido nos Estados Unidos é arroz branco.

O estudo foi publicado nos Archives of Internal Medicine.

Reproduzido daqui.

domingo, 13 de junho de 2010

Bolo com tâmaras e nozes

Essa receita de bolo retirei do livro "A cozinha marroquina", da Coleção Cozinha das Famílias Larousse. Casou perfeitamente com o menu marroquino do Dia dos Namorados, bem acompanhado por um café.

Ingredientes

200g de farinha de trigo mais 1 colher de sobremesa para a assadeira
3 ovos
150g de nozes
30 tâmaras sem sementes
80g de manteiga sem sal, mais 1 colher de sobremesa para a assadeira
50g de açúcar refinado
200g de mel
1 colher de sopa de fermento químico

Modo de preparo

Grelhe as nozes em uma frigideira antiaderente; pique-as grosseiramente com uma faca. Corte as tâmaras em pedacinhos. Preaqueça o forno a 180ºC. Derreta a manteiga. Em uma vasilha grande, misture a farinha, o fermento e o açúcar. Adicione os ovos e a manteiga derretida, depois o mel. Mexa até obter uma mistura homogênea. Incorpore delicadamente as nozes e depois as tâmaras. Unte e polvilhe com farinha uma assadeira. Despeje a massa e asse por 30 a 40 minutos, até que o bolo esteja corado. Deixe esfriar, desenforme e corte em quadrados ou losangos.

Cenouras assadas com especiarias

(Para 4 pessoas)


Ingredientes

4 cenouras grandes, descascadas e cortadas em palitos
1/4 de colher de chá de sementes de cominho
1/4 de colher de chá de sementes de coentro
1/4 de colher de chá de pimenta-do-reino em grãos
1/4 de colher de chá de gengibre em pó
1 pitada de canela em pó
1 pitada de cravo em pó
2 colheres de sopa de azeite de oliva
Sal, pimenta do reino e azeite a gosto

Modo de preparo

Preaqueça o forno a 180ºC. Em um pilão, triture as sementes de cominho, coentro e pimenta-do-reino. Junte o gengibre, a canela e o cravo e misture. Em uma frigideira, aqueça o azeite e frite a mistura de temperos por alguns minutos. Coloque as cenouras em um assadeira, despeje o azeite temperado e misture. Borrife mais azeite, tempere com sal e pimenta e asse por 30 minutos.

Cuscuz a três cebolas

(Para 4 pessoas)


Ingredientes

2 copos americanos de cuscuz
2 copos americanos de caldo de legumes bem quente
2 colheres de sopa rasas de manteiga ou azeite
Casca ralada de um limão siciliano
1 cebola cortada em cubos
1 colher de chá de açúcar mascavo
1 alho porró cortado em cubos
2 colheres de sopa de cebolinha picada
Sal e pimenta do reino a gosto
Azeite

Modo de preparo

Coloque os grãos de cuscuz em uma vasilha, e espalhe por cima a casca ralada do limão siciliano. Despeje o caldo de legumes bem quente, misture, cubra com plástico filme e deixe por 5 minutos. Adicione a manteiga e separe os grãos com um garfo. Em uma frigideira, frite a cebola no azeite com o açúcar mascavo até que ela fique caramelizada. Reserve. Na mesma frigideira, adicione mais azeite e frite o alho porró com um pouco de sal, até que fique macio. Misture a cebola, o alho porró e a cebolinha picada ao cuscuz, corrija o tempero com sal e pimenta e sirva.

Paleta de cordeiro ao alho e alecrim

A paleta, que é o pernil dianteiro, talvez seja um dos cortes mais deliciosos do cordeiro. Assada lentamente, a temperaturas mais baixas, fica divino! Essa receita retirei do livro "Jamie em Casa", do Jamie Oliver, mas mudei os acompanhamentos.

Paleta de cordeiro assada ao alho e alecrim
(Para 4 pessoas)


Ingredientes

(para o cordeiro)
1 ramo grande de alecrim fresco
1 paleta (1,2 kg) de cordeiro
Óleo de oliva
Sal e pimenta-do-reino moída na hora
Dentes de 1 cabeça pequena de alho, com casca, levemente amassados

(para o molho)
1 colher de sopa de farinha de trigo
1 xícara de caldo de galinha ou de vegetais, quente
2 colheres de sopa rasas de alcaparras, deixadas de molho, depois escorridas e picadas
2 colheres de sopa de folhas de hortelã picadas
2 colheres de sopa de vinagre de vinho tinto

Modo de preparo

Preaqueça o forno à temperatura máxima. Faça talhos por todo o lado da carne que tiver gordura. Acomode metade dos ramos de alecrim e metade dos dentes de alho no fundo de uma assadeira, esfregue o cordeiro com óleo de oliva e tempere-o com sal e pimenta-do-reino. Acomode-o na assadeira e coloque o restante do alecrim e do alho sobre a carne. Cubra a assadeira com papel alumínio e leve ao forno. Diminua a temperatura para 170ºC e asse por 3 horas a 3 horas e meia. Nos últimos 15 minutos, retire o papel alumínio para a paleta corar. Estará pronto quando você conseguir separar a carne facilmente com dois garfos.

Retire o cordeiro do forno e acomode-o sobre uma tábua de cortar. Cubra-o com papel alumínio, depois com um pano de prato, e deixe descansar. Jogue fora a maior parte da gordura que ficou na assadeira, descartando os talos de alecrim. Coloque a assadeira no fogo e acrescente a farinha. Adicione o caldo, mexendo e raspando o fundo da assadeira. Adicione as alcaparras, abaixe o fogo e cozinhe em fervura branda por alguns minutos. Adicione a hortelã picada e o vinagre, depeje o molho em uma molheira e sirva com o cordeiro desfiado.

Menu Dia dos Namorados: inspiração marroquina

Há muito tempo desistimos de frequentar restaurantes no Dia dos Namorados. Esse talvez seja o programa menos romântico para a data: geralmente, você tem tempo contado para usufruir o momento, porque tem gente esperando para ocupar a sua mesa, e é difícil garantir a qualidade do serviço e da comida com um movimento tão intenso. A melhor opção, portanto, é comemorar em casa mesmo. E foi o que fizemos ontem, com um almoço especialíssimo, quando estreei o meu novo forno, presente de aniversário de casamento.


Como o maridão ADORA cordeiro, ele foi a atração do menu. Há algumas semanas peguei uma ótima promoção no SuperNosso Gourmet, que vendia paleta de cordeiro Bassi por R$ 12,90 o kilo. Fiz a paleta assada, com alho e alecrim. Para acompanhar, cuscuz a três cebolas, cenouras assadas com especiarias e salada de rúcula, com molho simples de azeite e limão, finalizando com bolo de tâmaras e nozes. O menu foi aprovadíssimo por todos! As receitas seguem nos próximos posts.


quarta-feira, 9 de junho de 2010

Série inédita de Jamie Oliver estreia no GNT


A partir do dia 16 de junho, Jamie Oliver protagoniza série inédita no canal GNT. O chef britânico viaja por seis diferentes países na Europa e na África para desvendar os segredos das culinárias locais em “Fugas Culinárias de Jamie Oliver”. A série será veiculada às quartas-feiras, às 18h.

Na parada inicial, em Marrakesh, no Marrocos, Jamie experimenta a comida de rua da cidade. No cardápio, cordeiro assado, amêndoas e bolo de água. Na viagem, ele descobre ainda o Ras Al Hanout, o rei das especiarias marroquinas, e compra porções de condimentos. Em Marrakesh, diz-se que a melhor comida é a caseira. Para comprovar o fato, o chef almoça ao lado de uma família marroquina e não foge à tradição local de comer cuscuz com a mão.

Jamie também não deixa de praticar o que sabe fazer melhor e cozinha sua própria versão de frango com limão e cordeiro marroquino, entre outras receitas. Ao longo de seis episódios, o chef mostra, ainda, suas aventuras culinárias em Andaluzia, na Espanha, Estocolmo, na Suécia, Veneza, na Itália, Pirineus franceses e Atenas, na Grécia.
 
Fonte: GNT

As receitas da Copa do Mundo

O site Cybercook preparou o "Especial Futebol Mundial 2010", com breve descrição das características e principais destaques da cozinha de cada nação, além de receitas de todos os países que participarão da Copa do Mundo na África do Sul. Que tal fazer, a cada jogo, um cardápio para homenagear as diferentes seleções? O site sugere até que se faça um duelo entre os pratos típicos de cada país. No jogo de estreia do Brasil, dia 15 de junho, às 15h30, contra a Coréia do Norte, a sugestão é o norte-coreano Daktjim contra o brasileiríssimo Bobó de Camarão.

Daktjim

Bobó de Camarão

O site também indica várias receitas de petiscos, doces e bebidas para servir durante os jogos.

Muito além de Mandela e da Vuvuzela


Quando se fala em África do Sul, imediatamente pensamos em Nelson Mandela, representante do movimento anti-apartheid e reverenciado no mundo inteiro por sua luta pela paz. Ultimamente, no entanto, em tempos de Copa, o assunto tem sido as ensurdecedoras vuvuzelas, que deverão invadir os estádios africanos.

Mas a África é muito mais do que Mandela e a vuvuzela. O país sede da Copa do Mundo se assemelha ao Brasil pela sua grande diversidade cultural. A mistura de costumes vinda de vários países também se reflete em sua cozinha. Entram neste caldeirão influências gastronômicas de países como Alemanha, Holanda, Inglaterra, França, Índia e, claro, da própria África.

Pratos como o Braai (carne grelhada), uma herança holandesa, e o Bunnychow (pão recheado com feijão e chilli), influência dos indianos presentes na costa leste, estão entre os mais típicos. A rabada tem o nome de Oxtail e faz referência à culinária africana. Na mesa dos sul-africanos há bastante milho, arroz e dobradinha, além do espinafre refogadinho. E nos restaurantes o chá da tarde ao estilo inglês é facilmente encontrado. Apesar dos peixes serem mais populares, o churrasco Braai também é indicado para o cardápio dos turistas que vão visitar o país.

O tempero-chave da maioria dos pratos é o curry, mistura de açafrão-da-índia (curcuma), cardamomo, coentro, gengibre, cominho, casca de noz-moscada, cravinho, pimenta e canela. Aliás, os condimentos são uma atração à parte nesta culinária quente, principalmente no prato Bobotie, o preferido de Nelson Mandela. O Cyber Cook adaptou o prato ao nosso paladar. Veja aqui a receita.


E para a sobremesa, a boa pedida são os quase bolinhos de chuva regados de história. Tratam-se dos Koeksisters, embebidos em uma mistura de mel e canela. O docinho foi servido com chá a Mandela e Betsy Verwoerd, viúva do maior defensor do Apartheid, HF Verwoerd, para selar a reconciliação da nação sem a segregação racial.


Na época do Menu Confiança, o Claude Troisgros fez uma série de programas sobre a África do Sul. Segue relato do chef:

“A gastronomia tem raízes nas cozinhas de diferentes colonizadores que passaram por ali ao longo da história. A presença da cultura francesa é uma das mais marcantes e trouxe benefícios à culinária local. Em 1688, um grupo de protestantes refugiados, os huguenotes, instalou-se na zona vinícola hoje conhecida como Franschooek (Esquina dos Franceses). Trouxeram conservas e as técnicas de cultivo da uva na produção de vinhos.

No fim do século XVIII, foi a vez dos ingleses ocuparem a península, quando passaram a dominar as navegações na região. Vem desse período o hábito de servir geléias de frutas e molhos com carnes de caça e porco. Ao repertório de sobremesas, foram incluídos tortas e pudins quentes. A culinária na Península do Cabo mescla essas influências. Os pescados, fartos na extensa costa, são explorados em todos os cardápios. As técnicas européias valorizam seu preparo e a herança malaia torna as receitas coloridas, quentes, condimentadas e especialmente aromatizadas pelas especiarias.

Dicas de restaurantes

A verdade é que minha agenda de viagem voltou repleta de indicações de bons restaurantes, das quais destaco algumas e divido com o leitor a seguir, para o caso de uma viagem ao País. Eu diria que uma bela forma de começar uma imersão na cultura local é visitar o Victoria & Albert Waterfront, um centro de entretenimento na zona portuária de Cape Town, repleto de bares, restaurantes e hotéis de luxo, onde o mercado de alimentos é abastecido pela rica oferta de pescados e especiarias. Frutos do mar como lagosta, camarão, polvo, lula, ostra, mexilhão e inúmeros peixes locais - como kingklip, pescado em águas profundas, carne muito branca e sabor delicado, que está em todos os cardápios na cidade, fazem bonito.

Kingklip

Para quem deseja provar a típica comida africana, um dos mais recomendados é The Africa Cafe. Funcionando em uma antiga casa do Centro, tem ambiente alegre e informal, onde a arte e a cultura africana se traduzem na música, nas pinturas de parede, luminárias, toalhas e louças decoradas. Ali encontram-se pratos de todo o continente africano. A refeição é servida numa espécie de degustação em que todos os pratos são colocados à mesa, em cumbucas, para serem partilhados pelos clientes. É um verdadeiro banquete, que inclui uma seleção de dezesseis itens, além de sobremesa. Destaque para os "tunisian riouats" - deliciosos pastéis de massa phyllo recheados com cebola e batatas crocantes. O ethiopian iab é um dip de queijo coalho e ervas frescas.

Ainda ficam sugestões de alta gastronomia como o restaurante da chef Margot Janse, no Relais & Chateaux Le Quartier Français (Franschooek); o 95 Keerom, em Cape Town (chef: Giorgio Nava); Auberge Michel, Johannesburg (chef: Frederic Leloup) ; Bosman's, Cape Town (chef: Frank Zlomke); La Colombe, Cape Town (chef: Franck Dangereux) ; Reuben's, Cape Town (chef: Reuben Riffel), entre tantos outros maravilhosos."

Vinho africano

A história do vinho na África do Sul data de 1652. Jan van Riebeeck fundou o posto de abastecimento da Companhia das Índias no cabo da Boa Esperança e, pouco depois, mandou vir da Europa algumas cepas, convencido de que se bebessem vinho os marinheiros sofreriam menos com o escorbuto. Em 2 de fevereiro de 1659, ele escreveu em seu diário: “Hoje, louvado seja Deus, o vinho das uvas do Cabo escorreu pela primeira vez”. Simon va der Stel, seu sucessor no governo e também conhecedor de vinhos, plantou suas primeiras vinhas em Constantia com a ajuda de refugiados huguenotes franceses, experientes em viticultura e vinificação. Desde então, a indústria não cessou de prosperar. Após o fim do apartheid, o mercado sul-africano de vinhos pode enfim se abrir para o mundo e estabelecer relações comerciais com nações que até então boicotavam o país.

As principais zonas vitícolas da África do Sul situam-se a sudoeste da Cidade do Cabo. Mais ao norte existem várias zonas isoladas, ao longo do rio Orange.

Fotos da região de Stellenbosch

Tradicionalmente, a África do Sul é o país dos vinhos brancos. As principais cepas são Steen, nome local da Chenin Blanc, Colombard, Chardonnay, Sauvignon Blanc, Hanepoot ou Muscat d´Alexandrie e Cape Riesling, que é na origem a cepa Crouchen Blanc, oriunda do sudoeste da França. Entre as cepas tintas mais importantes estão Cabernet Sauvignon, Pinotage, uma combinação de Cinsaut e Pinot Noir criada em 1926, Syrah (Shiraz), Merlot, Cabernet Franc e Pinot Noir.

África também produz cerveja

No ramo das cervejas, também é um país com predominância de lagers de macro-cervejarias, como o Brasil, com destaque para a South African Breweries (SAB). Fundada em 1895, começou a produzir sua marca Castle Lager na cidade mineira de Joanesburgo. A empresa logo se tornou a maior cervejaria do sul do continente africano. Em 2002, a SAB comprou a Miller Brewing, nos EUA, e como SAB-Miller se tornou uma das maiores empresas globais do setor de bebidas. A cervejaria mantém o SAB World of Beer, atração turística que ganhou o "Welcome Awards" de 2009 como atração Número 1 da África do Sul.


Para saber mais sobre essa e outras cervejarias africanas, veja abaixo os posts do blog da Acerva Mineira.

The SAB World of Beer

Sorghum Beer - A Taste of África

Mitchell's Waterfront Brewery - Scottish Ale House

Hops Hollow - Africa's Highest Brewery


Fontes:
Claude Troisgros
Cybercook
O Livro da Cerveja
Larousse do Vinho

terça-feira, 8 de junho de 2010

Cupcake em patchwork


Conheci o trabalho da Nancy Galvão através do excelente blog da Joyce, sua filha, que postou foto das lindas toalhinhas de cupcake feitas pela mãe. Encantei-me e logo encomendei as minhas, que chegaram hoje pelo correio. Nancy, obrigada, elas superaram todas as expectativas! Trabalho primoroso e cuidadoso de patchwork! Reparem nos coraçõezinhos nas bordas... Espero estreá-las em um lanche bem gostoso.

A Nancy mora em São Paulo. Basta encomendar por e-mail, fazer o depósito e informar o endereço. Ela me disse também que faz toalhas, aventais e bolsas de chefs, tudo em patchwork. Logo todos os seus produtos estarão no blog que ela está criando, quando poderemos ver as outras coisas lindas que ela faz. A julgar pelas toalhinhas, devem ser um primor.

Para entrar em contato com a Nancy e fazer sua encomenda é só enviar e-mail para nfgalvao@ig.com.br.

Claude Troisgros no Leblon: CT Boucherie

                                                         Crédito: O Globo

Um discreto portão de ferro ladeado por paredes de tijolos aparentes guarda o Leblon Spot, o primeiro hostel de design do Rio. Instalado em um antigo prédio de três andares no início da Rua Dias Ferreira, o albergue ainda passa despercebido para muitos cariocas. Em setembro, no entanto, esse jogo promete virar com a inauguração da CT Boucherie, novo restaurante de Claude Troisgros, que vai dividir o número 636 da rua gourmet com a hospedaria.

CT Boucherie será casa de carnes

O CT Boucherie, quarto negócio comandado pela família Troisgros na cidade, será uma casa de carnes.

- Não estou indo para o Leblon, estou indo para a Dias Ferreira. Foi um acaso e acho que não se recusa um ponto lá - afirma o chef. - Não vou dizer que farei uma churrascaria ou uma steak house. A ideia é um misto de bistrô e açougue francês, com presuntos e queijos pendurados. Teremos menu com preço fixo, com direito a salada, carnes de altíssima qualidade e suflês de sobremesa.

Veja mais aqui, no Blog Boa Vida, da jornalista e crítica gastronômica Alexandra Forbes.

Fonte: O Globo

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Relíquias da cozinha medieval

Reproduzido daqui:

Caldo gorduroso, esturjão empanado, molho para pombinhos no espeto e até gato assado são algumas das 203 receitas, fora outros 26 ensinamentos, de um dos livros raros da pesada cozinha medieval. Foi publicado há aproximadamente 500 anos e se intitula Libre del Coch. A Biblioteca Nacional da Catalunha, em Barcelona, possui um exemplar de 1520. Escrito em catalão, é a mais antiga edição conhecida. Mas há informações sobre uma anterior, na mesma língua, publicada em 1477, que se extraviou.

A primeira edição em espanhol apareceu em 1525, na cidade de Toledo. Néstor Luján, no livro Historia de la Gastronomia (Ediciones Folio, Barcelona, 1977), concluiu que a relíquia efetivamente é do século 15, ou seja, saiu muitos anos antes do exemplar que está guardado na Biblioteca da Catalunha. Uma novidade é que a obra acaba de ser traduzida no Brasil, com o título de Livro do Cozinheiro - Manual de Receitas Medievais (Instituto Brasileiro de Filosofia e Ciência "Raimundo Lúlio", São Paulo, 2010).

Até hoje se questiona quem escreveu o Libre del Coch. A edição de 1520 disse ter sido "mestre Robert"; a de 1525 o chama de "Ruberto de Nola". A seguir, virou Roberto de Nola. Foi identificado como "cozinheiro do sereníssimo senhor Fernando, rei de Nápoles". Na época, boa parte do sul da Itália estava sob domínio espanhol. O soberano para o qual o cozinheiro trabalhava era Fernando I, rei de Nápoles, que governou a região de 1458 a 1494. Uma prova de que as receitas do Libre del Coch seriam do final da Idade Média é o fato de não levarem nenhum dos ingredientes que aportaram na Europa depois de 1492, com a descoberta da América (como tomate, batata, milho, chocolate etc.).

Outra dúvida: onde nasceu Roberto de Nola? Para alguns, foi na comuna italiana de Nola, perto de Nápoles, na qual morreu, em 14 d. C., o imperador Augusto; outros o dizem natural de Anoia ou Sant Sadurní d’Anoia, na Província de Barcelona. Mas o jornalista andaluz Dionisio Pérez, que assinava textos sobre gastronomia com o pseudônimo de Post-Thebussem, levantou uma terceira hipótese. Na introdução da edição de 1929 do Libre del Coch, rebatizada de Libro de Guisados de Ruperto de Nola, ele afirmou que o autor da obra jamais existiu.

Não passaria de invenção dos primeiros editores. Bastou dizer isso para receber críticas. As mais duras vieram de Néstor Luján. Ele acusou Dionisio Pérez de falta de rigor histórico, até porque, em outro trabalho, assegurou que os franceses "roubaram" molhos do seu país, como a maionese, sabidamente de origem incerta; e atribuíram aos seus cozinheiros criações "inequivocamente espanholas", como a massa folhada, já conhecida no Império Bizantino, e o foie gras, preparado desde o Antigo Egito.

O Libre del Coch é, na verdade, uma preciosa coleção de pratos medievais oriundos de algumas regiões mediterrâneas. Veronika Leimgruber, conhecida especialista na obra, identificou três receitas catalãs (cogumelos à catalã, broscato à catalã e garbies à catalã); três italianas (sopas à lombarda, torta genovesa e boa xinxenela à Veneza); duas francesas (molho francês e figos à francesa); e duas mouras (berinjela à moda moura e abóbora à moda moura). Curiosamente, não encontrou especialidades castelhanas, ou seja, inventadas na região de Castela e, por extensão, nas adjacências.

Faltou explicar a receita do gato assado, que Roberto de Nola denomina "quitute" e cuja menção pode ter intrigado o leitor. Sim, na Idade Média a carne do felídeo doméstico era considerada iguaria. Roberto de Nola recomenda abater o animal e descartar a cabeça "para que ninguém jamais a coma, porque se o fizer poderá perder o juízo". A seguir, manda tirar a pele do gato, extrair as vísceras e limpar bem. Feito isso, envolve-se o corpo em um tecido de linho e se enterra no quintal. Deixa-se ali por um dia e uma noite. Então, desenterra-se, enfia-se no espeto e se leva ao fogo para assar, untando-se continuamente com azeite e alho. Quando alcançar o ponto, "trincha-se como se fosse coelho" e se coloca em uma travessa. Serve-se com molho claro de azeite e alho. "Depois, é comê-lo e confirmar a excelência do prato", garante Roberto de Nola. Bom apetite para quem hoje não sentir repulsa de assar e comer gato!

Maizena diferente



 Recebi do amigo André Menezes esse presente genial, produzido pela 2Pontos Wide Business. Completando 10 anos em 2010, a empresa criou esse brinde, "inspirado" na embalagem da Maizena. Dentro, um caderninho com 10 receitas da escola de culinária do Bouquet Garni, seguidas de páginas em branco para anotar mais receitas. Dá gosto ver um trabalho tão criativo e inteligente.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Cardápios do Mundo


Curtindo o feriadão prolongado de Corpus Christi em casa, acabei de ver o delicioso "Cardápios do Mundo", no National Geographic Channel. O chef francês Fred Chesneau viaja pelo mundo em busca de novos sabores e receitas autênticas, aprendendo a fazer as comidas típicas de cada lugar com chefs locais e cozinheiros comuns que compartilham sua paixão tanto por comida do dia a dia como por pratos mais refinados. No programa de hoje ele estava no Vietnã, onde, entre outras coisas, preparou um verdadeiro banquete de frutos do mar com uma família típica e cozinhou com uma chef de um restaurante tradicional. Vale a pena conferir. O programa está passando às sextas-feiras, às 10h, mas acho que já vi uma reprise no final de semana. Não consegui ver no site os horários alternativos.


quarta-feira, 2 de junho de 2010

Polvorones (Bolinhos de amendoim)

Ontem fiz a primeira receita retirada da Coleção Cozinhas das Famílias Larousse. Como tinha amendoim em casa, resolvi fazer a receita de Polvorones, retirada do livro "A Cozinha Mexicana", para presentear a minha sogrinha, que ontem fez aniversário. Como sempre, a turma do meu trabalho pegou a rebarba, e pôde se deliciar com esses bolinhos. No meu livro, a receita veio com um erro. No modo de preparo eles não incluíram os dois ovos que estão na lista de ingredientes. Como o costume de receitas semelhantes é bater os ovos com a manteiga e o açúcar, assim o fiz.

Ingredientes

125g de manteiga sem sal, em temperatura ambiente
2 ovos
150g de açúcar refinado
150g de amendoim torrado e moído
300g de farinha de trigo
1 colher de café de fermento químico
1 pitada de sal
1 colher de café de extrato de baunilha (coloquei essência)
100 g de açúcar de confeiteiro (ou refinado, se não tiver)
1 colher de sopa de canela em pó

Modo de preparo

Preaqueça o forno a 180ºC. Bata a manteiga e o açúcar até obter uma mistura leve. Adicione os ovos e bata mais. Misture a farinha, o amendoim, o fermento e o sal em uma vasilha. Incorpore-a pouco a pouco à preparação anterior. Misture bem. Acrescente o extrato de baunilha. Faça bolas de massa do tamanho de uma noz. Coloque-as em uma assadeira antiaderente, ou forrada com papel manteiga. Asse até os bolinhos ficarem corados (15 a 20 min). Misture o açúcar de confeiteiro e a canela em um prato. Passe os bolinhos pela mistura assim que forem retirados do forno. Deixe esfriar e sirva.