segunda-feira, 24 de maio de 2010

As minhas pechinchas da Bienal do Livro e outras cositas más

Aos 45 minutos do segundo tempo, resolvemos ir à Bienal do Livro para ver se ainda conseguíamos garimpar alguma coisa. Vi muitos livros que me interessavam, com desconto de 20%, mas isso eu consigo na internet. Para valer a pena, o abatimento deveria ser de, pelo menos, 50%. E não é que fiz duas excelentes aquisições, para a minha alegria e deleite?

No estande da Zahar tinha muita coisa boa que estava saindo pela metade do preço. Eu, que AMO biografias e também a gastronomia, levei o “Carême, Cozinheiro dos Reis”, por R$ 24,00 (o preço cheio é R$ 49,00).


Como ainda não comecei a ler, coloco aqui o que diz a sinopse:

Antonin Carême foi o primeiro chef a se tornar uma celebridade – e a cobrar muito caro por isso. A biografia foi escrita por Ian Kelly, ator e gourmet que já viveu Carême no palco. O livro reconstitui a vida do menino órfão, que foi abandonado à própria sorte nos tumultuados anos da Revolução Francesa, e acabou se transformando no cozinheiro preferido de políticos como Napoleão e o czar Alexandre e milionários como o casal Rothschild.


Conhecido como "cozinheiro dos reis e rei dos cozinheiros", Carême soube entender como poucos a transformação pela qual passava a França depois da Revolução e, sobretudo, depois dos sangrentos anos do Terror instaurado pelo governo jacobino. Desde a euforia coletiva com que tinha saudado a queda de Robespierre, em 1784, Paris tentava se reinventar como a "Cidade Luz" e a capital da comida. E chegaria assim ao século XIX, com a colaboração fundamental de Carême.

Metódico, mas profundamente criativo, ele era um apaixonado por sopas – criou centenas de receitas delas – mas ficou mais conhecido como pâtissier. Tinha obsessão por arquitetura e costumava criar sobremesas feitas de açúcar que tinham a forma de templos gregos ou igrejas e decoravam as mesas das recepções reais.

Aperfeiçoou a massa folhada – criou o vol-au-vent – e também foi um mestre em pratos frios, doces ou salgados. Inventou ainda a estrutura de cardápio que conhecemos hoje – com entrada, pratos principais e sobremesa – e também popularizou o serviço russo, em que o comensal recebe um prato de cada vez.

Antes dele, todos os pratos eram dispostos num confuso sistema de bufê. Foi o primeiro a chamar o que fazia de nouvelle cuisine, termo que, até hoje, é usado para classificar toda grande ruptura no meio gastronômico. Carême – que morreu aos 48 anos, envenenado pela fumaça de carvão dos fogões – foi o pioneiro da nouvelle cuisine com muita justiça: a mesa nunca foi a mesma depois dele.

Belamente ilustrado, o livro traz um pequeno glossário de termos da culinária e uma seleção de receitas que dão ao leitor a chance de provar os sabores e aromas das mesas reais.


As Receitas do Tony Bourdain

Outra pechincha que achei foi o livro “Anthony Bourdain e as Receitas do Les Halles - Nova York”, por míseros R$ 18,00 (o livro custa entre R$ 50 e R$ 60).
Ao vê-lo naquela mesa em meio a dezenas de livros amontoados, vieram as lembranças da viagem a NY, quando, por acaso,  chegamos ao Les Halles da John Street, pertinho do “buraco negro” das Torres Gêmas, e almoçamos um delicioso poulet rôti (o famoso frango assado).


Como o próprio nome diz, o livro traz as principais receitas da casa, que são clássicos da cozinha de bistrô francesa. A franqueza do chef incomodou muita gente nos livros “Cozinha Confidencial” e “Em Busca do Prato Perfeito”, e a sua autoconfiança pode ser classificada por muitos como arrogância: Bourdain afirma que o Les Halles é o melhor bistrô/brasserie do mundo. Exageros à parte, o restaurante é um charme, lembra aqueles bistrôs inspirados no estilo art nouveau, e vive lotado, porque oferece boa comida a preços acessíveis.


Hoje o Anthony Bourdain não passa muito tempo na cozinha do Les Halles. Ele viaja o mundo com o ótimo programa “Sem Reservas”. Disposto a provar sabores exóticos e lançando mão de sua peculiar honestidade, Bourdain não perde a oportunidade de fazer comentários espontâneos sobre as suas experiências, enquanto aprecia visões, cheiros, sons e gostos - do sublime ao repugnante. Confira no Discovery Travel and Living.

5 comentários:

Beca Pazzini disse...

Que delícia Clara! Também adoro livros assim. E apesar de toda controvérsia adoro o Anthony Bourdain, principalmente no sem reservas, porque ele demonstra um grande respeito às outras culturas e o programa é um dos meus favoritos =)
Depois conta pra gente quando reproduzir as receitas!
Boa terça pra vc!
Bjks

Rita Lopes disse...

adoro o programa do bourdain, quando podia vê-lo. rsrsrsr... acho-o hilário, espontâneo e sem nenhuma frescura!

Clara Bello disse...

Meninas, eu também adoro o Tony Bourdain! Beca, pretendo postar logo clássicos da cozinha de bistrô francesa. Se você aprecia, tenho um outro livro excepcional que se chama justamente Cozinha de Bistrô, da Patricia Wells. São mais de 200 receitas, fáceis de executar e super bem detalhadas. Vale a pena adquiri-lo. http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/194444/cozinha-de-bistro?PAC_ID=25371

Beca Pazzini disse...

Clara adorei a dica! Principalmente o detalhe de "200 receitas, fáceis de executar" rs. Brigadinha!
Bjs

Clara Bello disse...

Rsrs. Isso é muito importante. De nada! Bj.

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